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Viasat quer mercado residencial ainda este ano

Mark Dankberg, CEO da Viasat

O CEO e fundador da Viasat, Mark Dankberg, anunciou nesta quinta, 26, planos de lançar serviços residenciais no Brasil ainda este ano. Dankberg participou do Congresso Latinoamericano de Satélites, organizado pela TELETIME e pela Glasberg Comunicações, e que acontece esta semana no Rio de Janeiro. Para Dankberg, o Brasil é uma importante oportunidade para a Viasat e seus planos de ampliar a atuação no País, onde a empresa opera por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), operado pela Telebras. Pelo acordo entre a Viasat e a estatal, a empresa norte-americana precisa atender às demandas da Telebras com equipamentos e instalação das estações V-SAT e, em contrapartida, pode usar 58% da capacidade do SGDC para projetos próprios, num modelo de revenue share com a Telebras. A Viasat, informou Dankberg, já tinha o Brasil nos planos antes da parceria com a Telebras, tanto que o País está previsto na cobertura do Viasat 3, nova geração de satélites que a empresa começa a lançar no próximo ano. O acordo com a Telebras foi a forma como a Viasat conseguiu antecipar estes planos.

Segundo Dankberg, também está nos planos de curto prazo da empresa o mercado de comunicação embarcada no Brasil (conectividade para aeronaves), mas o executivo ressaltou que isso depende mais da companhia aérea parceira do que da própria Viasat. Nos EUA, a Viasat é a fornecedora da Jet Blue, que tem vínculos societários com a Azul no Brasil.

A empresa também comemora a marca de 10 mil pontos do programa Governo Eletrônico, Conexão ao Cidadão (Gesac) instalados este ano para a Telebras. A estatal é a fornecedora do Gesac, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

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Mercado de satélites

Dankberg comentou em sua apresentação a visão da Viasat para o mercado de satélites, especialmente no segmento de banda larga em que a empresa atua. “O que vemos é um rápido declínio do custo por Mbps e um crescimento exponencial da capacidade dos satélites. O segredo para manter a conta equilibrada é o controle de toda a cadeia”, disse, referindo-se à integração vertical de todo o processo de construção e operação do satélite, do payload (eletrônica do satélite) aos equipamentos de terra. Com o projeto do Viasat 3, a empresa californiana passa a dominar os principais estágios da cadeia de satélites, a exemplo de sua maior concorrente, a Hughes (que também opera no Brasil).

Dankberg também acredita que as operadoras de satélite têm um papel relevante no mercado de levar a banda larga às pessoas no ambiente móvel, e o WiFi, diz ele, é o caminho. A Viasat é uma das empresas que aposta no modelo de WiFi comunitário, com hotspots WiFi conectados via satélite em locais em que as redes de fibra ou redes móveis não estão disponíveis.

Sobre o mercado de constelações de baixa órbita (LEO), Dankberg diz que é parceiro de muitos projetos como fornecedora de equipamento, mas como operadora não é uma tendência que ele aposte. “Acredito que com o modelo GEO temos mais controle da oferta de capacidade otimizada onde a demanda de fato existe, e por isso é ali que investimos”. 

Para Dankberg, o futuro da indústria de satélites é agregar valor ao produto de conectividade, e uma forma como ele enxerga essa oportunidade é por meio da oferta de conteúdos OTT conjuntamente com o acesso. “Não precisamos ser nós, mas podemos ajudar a empacotar. Nos voos da Jet Blue temos uma parceria com a Apple Music, por exemplo”. Para o mercado de WiFi Comunitário, ele acredita que esta seja uma grande chance de levar serviços que a população não tem acesso às plataformas tradicionais algumas alternativas de serviços digitais.

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