Satélites e 5G: um casamento inevitável, mas complexo

Congresso Latnoamericano de Satélites 2019

A próxima geração de serviços móveis (5G) terá, no futuro, oportunidades e demandará capacidade de satélites, mas as etapas para que isso aconteçam não são simples, concluiu painel sobre o tema realizado no Congresso Latinoamericano de Satélites, organizado pela TELETIME e pela Glasberg Comunicações esta semana no Rio de Janeiro. Para Catarina Reuter, responsável pelo planejamento tecnológico da TIM, não é possível pensar em um país com as dimensões do Brasil sem o uso da capacidade e cobertura dos satélites em algumas regiões. "Mas é preciso pensar em soluções customizadas e adequadas para essa realidade econômica. É preciso ter a relação custo/capacidade e latência bem equalizada", diz a executiva. A TIM, explica, tem trabalhado em modelos de ERBs para áreas rurais e proposto ao mercado, inclusive operadoras de satélite.

Mauro Fukuda, diretor de tecnologia da Oi, lembra que os desafios do 5G relacionados à latência e capacidade, que normalmente são desafios para o uso do satélites para backhaul das redes móveis, tendem a ser compensadas no ambiente de 5G por conta da tendência de se levar mais inteligência e processamento para as pontas da rede (edge computing). Mas isso cria um elemento adicional que é a necessidade de integrar as redes satelitais em modelos orquestrados e virtualizados que as operadoras móveis necessariamente terão que adotar.

Para Carlos Camardella, diretor de tecnologia da Claro Brasil, "é verdade quando se fala de 5G que no Brasil não será possível sem satélite". Porém, segundo ele, o satélite ainda vai ter que depender de quinta geração de rede móvel chegar lá nas áreas em que o satélite é a melhor ou mesmo única solução de conectividade das ERBs. "Não é algo que vá acontecer no primeiro momento do 5G". 

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Para Fábio Alencar, diretor da SES, é importante lembrar que o padrão 5G prevê o uso de satélites e que as especificações técnicas já virão no próximo release. Isso significa que as operadoras de satélites, diz ele, precisarão também se ajustar culturalmente ao 5G. "Hoje os desafios vão além da conectividade", diz ele. Mas a SES vê oportunidades de levar o 5G para mercados em que as grandes operadoras não estão indo. "Nossa cobertura é incomparável. Podemos ajudar os mercados verticais, por exemplo, a desenvolverem suas próprias redes de 5G", diz

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