O vice-presidente de tecnologia dos Correios, Antonio Luiz Fuschino, informou nesta quarta-feira, 26, no Forum Mobile+, em São Paulo, que o Projeto Mobilidade, inicialmente testado em Bauru, será expandido para outras cidades brasileiras até fevereiro de 2013. Após essa data, os Correios fornecerão informações, em tempo real, sobre a entrega de encomendas realizadas por Sedex 10 para os destinatários. Através de um aplicativo em seu celular, o carteiro fará a captura da imagem de documentos com a assinatura do recebedor e darão baixa na lista de entrega, enviando essa informação para o data center da instituição.
Com a ferramenta, os Correios pretendem estreitar a relação com os clientes e reduzir custos e as volumosas listas de papel. Para Fuschino, o Projeto Mobilidade indica uma mudança na estratégia dos Correios, antes mais focada no cliente remetente: “Hoje estamos mais focados no cliente destinatário”, revelou. Isso não significa, contudo, que os remetentes não mereçam atenção. Segundo Fuschino, está previsto para março de 2013 o início de um projeto piloto para testar o envio de SMS para os remetentes das encomendas. A previsão dos Correios é de que, a partir de dezembro de 2013, seja feito o envio de SMS de todos os objetos registrados para destinatários e remetentes de Sedex 10. Ainda não está claro se essas facilidades serão incorporadas a todos os serviços registrados ou se serão vendidas, como um serviço adicional aos consumidores.
O vice-presidente dos Correios participou do painel no Forum Mobile+, organizado pela Converge, sobre o uso de SMS como ferramenta de relacionamento. Para os participantes do debate, o mercado de SMS ainda está em processo de amadurecimento: “Ainda se verifica uma imaturidade no mercado de SMS”, constatou o CTO da Peopleway, Richard Ferraresi. Sandro Scheleder, gerente comercial da Zenvia, acredita que esse mercado oferece muitas possibilidades de atuação: “Estamos aprendendo a usar melhor essa tecnologia”, disse. O preço cobrado pelas operadoras foi apontado como principal gargalo para a consolidação do uso dessa tecnologia de SMS no relacionamento entre empresas e consumidores. “A maior barreira era o custo, mas hoje as operadoras já oferecem pacotes de mensagens promocionais, muitas vezes ilimitados, o que permitem o uso mais abrangente desse recurso”, avaliou Mario Rodrigues, vice-presidente de desenvolvimento de mercado da Acision. Vicente Scivittaro, gerente corporativo da Movile, lembra que há uma evolução por partes das teles para melhorar esse serviço: “As operadoras enxergam nessa área um grande potencial de receita”. Os participantes foram unânimes em afirmar a possibilidade de o uso do SMS reduzir custos gerados por problemas de comunicação entre empresas e clientes.
