O principal executivo da principal operadora de WiMax do mundo fez um apelo aos reguladores de espectro: não parcelem as freqüências em pequenos canais de 5 MHz, como está sendo feito (inclusive no Brasil), porque isso limita a principal vantagem do WiMax, que é a possibilidade de oferecer uma rede de 20 Mbps ou mais, sem grandes investimentos. "Deixem as licenças com 20 MHz, porque isso permite levar a internet em banda larga efetivamente. Não faz sentido começar uma tecnologia com limitações. Temos que oferecer a capacidade por indivíduo que fará a diferença", disse Barry West, presidente da Xohm (unidade de WiMax da Sprint Nextel) e CTO da Sprint.
Outro apelo de West, durante palestra no WiMax World, que acontece esta semana em Chicago, nos EUA, é para que os operadores acreditem que esse será um mercado com um novo modelo de negócio, sem subsídios ou planos de fidelização. A Sprint está insistindo nesse ponto porque, naturalmente, quer evitar os chamados "ofensores" de resultado do modelo tradicional das operadoras de telefonia celular. E como o WiMax estará disponível teoricamente em quaisquer dispositivos, como notebooks, PDAs, veículos, eletrodomésticos, eletrônicos de consumo, entre outros, não será possível à operadora subsidiar o custo da tecnologia. "Em dois anos estaremos com a melhor rede banda larga que já foi vista. O que faremos será criar uma rede com grande performance para qualquer dispositivo, sem subsídios."
Mas West mostrou também que o modelo do WiMax não será de velocidades garantidas. "Não dá para garantir taxas mínimas de velocidade no mundo wireless. É um mundo que não funciona assim. Garantiremos que seja uma experiência boa", disse ele, lembrando que a plataforma que está sendo desenvolvida para o serviço Xohm é pensada em internet, não em voz, como as redes celulares tradicionais. "Temos muito orgulho da plataforma EVDO que temos hoje, mas podemos ter uma margem maior com o mesmo serviço via WiMax. Vamos mudar aos poucos, na medida em que os usuários percebam o valor."
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