Brasil deve atingir 42 milhões de celulares vendidos em 2007

O mercado de venda de celulares no Brasil está muito mais aquecido este ano do que previam os fabricantes que atuam no País. A projeção inicial era de que seriam vendidos cerca de 30 milhões de aparelhos em 2007, mas a forte demanda nas datas comemorativas fez com que esse número fosse reavaliado para 42 milhões, afirmam fontes de vários fabricantes ouvidos por TELETIME News. Os varejistas já sentiram a conseqüência desse aquecimento neste terceiro trimestre: falta de produtos. A maioria dos fabricantes não está conseguindo entregar tantos celulares quanto demandados pelo mercado, pois faltam componentes ou mesmo capacidade na linha de produção.
Uma das razões para o aquecimento são usuários antigos que trocam seus celulares por modelos mais modernos. O tempo médio de troca de celular pelo consumidor brasileiro, que já foi de 24 meses, agora se aproxima a 12 meses, garante uma fonte ligada a um fabricante. A entrada da Vivo no GSM também contribuiu para o aquecimento do mercado. Fora isso, a saída da Pantech e a suspensão temporária de vendas da Gradiente sobrecarregaram os demais fabricantes com pedidos extras.
Devido ao aumento de trocas de celulares, cresce a passos largos as vendas de aparelhos desbloqueados, também conhecidos no mercado como telefones ?open?. Paralelamente, de um ano e meio para cá, todos os fabricantes se estruturaram para realizar vendas diretas aos varejistas ou a distribuidores. Calcula-se que hoje aproximadamente 20% das vendas feitas no Brasil não passam pelas operadoras. A Samsung, uma das últimas a se estruturar para as vendas diretas no Brasil, por exemplo, tem hoje nove modelos ?open? em seu portfolio. A Sony Ericsson, que começou as vendas diretas em julho de 2006, registrou a comercialização de 180 mil unidades por esse modelo de negócios no ano passado e prevê alcançar 500 mil em 2007. A Sony Ericsson já vende diretamente para dez varejistas e três distribuidores. Segundo uma fonte de um grande varejista com atuação nacional, sua empresa registrou crescimento da ordem de 500% ano-a-ano nas vendas de aparelhos desbloqueados. Outro sinal desse crescimento é a tendência entre alguns fabricantes de oferecer determinados modelos com exclusividade para distribuidores e varejistas.

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Entre as operadoras, a venda direta e de aparelhos desbloqueados vem sendo estimulada principalmente pela Oi, que tomou a decisão no ano passado de parar de vender aparelhos pré-pagos subsidiados e, mais recentemente, optou por só vender telefones desbloqueados, mesmo para clientes pós-pagos.

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