A indústria eletroeletrônica brasileira teve em julho o segundo mês consecutivo de alta no nível de emprego, após registrar saldo positivo de 4,5 mil postos de trabalho. As informações são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com base em dados do novo Caged.
Foram 9,3 mil admissões no período (contra 6 mil em junho) e 4,8 mil desligamentos (frente 4,7 mil). Dessa forma, a cadeia encerrou julho com 232,6 mil trabalhadores. Mesmo com o saldo positivo, o total segue inferior ao registrado pelo setor eletroeletrônico no mesmo mês de 2019 (237,2 mil postos de trabalho) ou ao final do ano passado (234,5 mil).
O indicador foi afetado pelos efeitos da pandemia de covid-19, que teve maior impacto no emprego da indústria em abril: no mês, quase 9 mil postos de trabalho foram excluídos. "Assim como vêm mostrando os demais indicadores do setor, o nível de emprego apresenta um crescimento consistente e sugere que o pior já passou", afirma o presidente da Abinee, Humberto Barbato. "Estamos otimistas e acreditamos que em mais 60 dias recuperaremos os níveis de emprego anteriores à pandemia".
Produção
Já no mês de junho, a produção do setor cresceu 19,9% frente o mês de maio, no segundo incremento mensal consecutivo após três quedas. Em um ano, há queda de produção de 3,4%, sendo 4,9% apenas na cadeia eletrônica e 2,2%, na elétrica.
No acumulado do primeiro semestre de 2020, a produção industrial do setor eletroeletrônico recuou 14,5%. O resultado decorreu tanto da queda de 15,5% da área eletrônica, quanto da retração de 13,6% da área elétrica.
A cadeia de telecomunicações equivale a cerca de 23% do faturamento da indústria eletroeletrônica brasileira, envolvendo tanto fabricantes de infraestrutura quanto de celulares.