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Enlaces de rádio são solução para ISPs após leilão de sobras

Com a promessa de que o Banda Larga Para Todos e o leilão de sobras das frequências (de 1,8 GHz, 1,9 GHz, 2,5 GHz e 3,5 GHz) incentivem os pequenos provedores (ISPs) em regiões mais afastadas dos grandes centros, deve aumentar também a procura por equipamentos para a infraestrutura das redes de transporte e acesso. É nisso que aposta a fabricante de rádios wi2be, que atua no mercado com uma estratégia de locação dos produtos para os pequenos com licença de SCM.

Como explica o diretor-geral e fundador da fornecedora, Mário Veríssimo, o aluguel faz sentido, já que o custo do enlace de rádio é de R$ 32 mil em média e os pequenos provedores não têm acesso a linhas de crédito facilitado. “Quando o ISP vai atender a um mercado novo, coloca torre de 2,4 GHz e faz backhaul de 5,8 GHz. Quando cresce, tem que colocar micro-ondas e a receita continua sendo mensal. Se a locação é de R$ 3 mil, ele diz que a receita já é mais do que isso, então viabiliza o rádio”, declara. Para o mercado corporativo também há demanda para link de micro-ondas, em vez de rádio em 5,8 GHz.

Mário Veríssimo, da wi2be. Foto: Divulgação
Mário Veríssimo, da wi2be. Foto: Divulgação
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Veríssimo afirma também que o aluguel facilita para que provedores prestem serviços esporádicos. “É um mercado crescente e forte, o cliente passa a ver no seu produto um modelo de negócios, ele pode ofertar porque sabe que tem onde pegar o rádio”, afirma. Justifica ainda que não há propriamente uma disputa entre infraestrutura de fibra e de rádio, mas diferenças na aplicação, dependendo da concentração e da infraestrutura disponível no transporte. “Normalmente, o ISP começa com rádio e, lá na frente, vai com fibra.”

Aumento de produção

A companhia inicialmente trabalhou com a Siemens em produção local, até que a empresa fechou as operações. Partiu então para uma fabricante chinesa, que conseguia grandes volumes, mas a alta do dólar e uma decisão estratégica fizeram com que a wi2be procurasse voltar a pensar em produção nacional. “Após o início da fabricação no Brasil, alugo cerca de 50 enlaces por mês, não faço mais por questão de caixa da própria wi2be, por isso buscamos investidores para fundear a operação”, declara o executivo.

A companhia atualmente aluga mil enlaces por ano, mas ele acredita que as novas oportunidades para os ISPs, especialmente com o leilão de sobras, farão explodir a demanda. Assim, a intenção da empresa é procurar investidores até outubro. “Se o investidor for antenado, pode até esperar o leilão, mas se for um sucesso, no dia seguinte terá que fazer o negócio, porque o prazo é curtíssimo (para a empresa ocupar a frequência)”, finaliza.

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