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Telecom Italia tem queda em receita e lucro, mas comemora desempenho doméstico

Enquanto no Brasil a TIM enfrenta desafios no desempenho econômico, a matriz Telecom Italia anunciou ter obtido “o melhor trimestre na Itália desde 2009”, segundo balanço financeiro da companhia divulgado nesta terça-feira, 26. No geral, entretanto, a empresa encerrou o semestre com quedas em vários indicadores.

Considerando os seis primeiros meses do ano, a companhia registrou 9,096 bilhões de euros em receitas, uma redução de 9,9% em comparação com o mesmo período de 2015. Quase 80% desse total veio de receitas domésticas, que acumularam 7,247 bilhões de euros (queda de 1,7%). O Brasil foi responsável por 20,4%, total de 1,858 bilhão de euros, queda de 31%.

O lucro operacional foi de 1,687 bilhão de euros, queda de 5,6%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi de 3,726 bilhões de euros, aumento de 2,4%. Destaque para o EBITDA doméstico, de 3,184 bilhões de euros, aumento de 11,9%. No Brasil, o total foi de 556 milhões de euros, queda de 29,6%.

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A dívida líquida ajustada foi de 27,514 bilhões de euros, aumento de 236 milhões de euros em relação ao final de 2015. Segundo a empresa, o nível da dívida foi afetado negativamente pela flutuação do câmbio brasileiro.

Em comunicado, o CEO Flavio Cattaneo ressaltou que a melhoria no segmento móvel permitiu a uma tendência de avanço nos resultados, enquanto na área de linhas fixas há “importantes sinais de recuperação”, uma vez que a telefonia fixa é impulsionada por investimentos em ultrabanda larga. “Estamos, assim, nas melhores condições para encarar o segundo semestre, no qual, a partir de setembro, veremos ainda mais novos desenvolvimentos”, disse.

O presidente do conselho, Giuseppe Recchi, disse estar “muito satisfeito” e ressaltou que se trata de um primeiro passo para o programa de “turnaround” da companhia. Tanto que criou um comitê de estratégia composto por ele mesmo, pelo CEO Cattaneo, pelo vice-chairman Arnaud Rou de Puyfontaine (e um dos representantes da controladora francesa Vivendi no conselho) e pelos diretores Davide Benello e Laura Cioli. Esse grupo deverá garantir o apoio a tópicos estratégicos, avaliar resultados preliminares baseado em decisões do grupo e apoiar opiniões e formular recomendações para propostas de negócios.

Previsões

Para o ano inteiro, a previsão da Telecom Italia é de melhoria gradual no desempenho operacional no mercado doméstico, combinado com redução progressiva de dívida devido à conversão obrigatória de bonds que acontecerá em novembro e tem valor total de 1,3 bilhão de euros.  A companhia acredita que o fortalecimento e aceleração “considerável” no programa de eficiência e corte de custos representam a base para melhorar o desempenho. A meta é conseguir crescimento orgânico de um dígito baixo no EBTIDA.

Para o Brasil especificamente, o plano inclui o objetivo de aumentar a participação de mercado em receitas e melhorando a lucratividade com grande investimento em 4G. Mas reconhece os desafios do cenário macroeconômico, incluindo “séries de intervenções que aumentam tarifas nos setores regulados”, afirmando que esses impostos continuarão altos e muito voláteis. Assim, a tele italiana avalia que o mercado de telecomunicações, em particular o de linhas móveis pré-pagas, está muito exposto ao cenário, com redução de valor do mercado também por conta de maturidade e saturação, citando a recuperação judicial da Oi “ainda com repercussões desconhecidas para a competição e ao mercado”.

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