NIC.br e Internet Society assinam memorando de entendimento

Durante o encontro da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN 62) no Panamá nesta terça, 26, o NIC.br e a Internet Society (Isoc) assinaram um memorando de entendimento para iniciativas e atividades conjuntas em prol da conscientização de provedores de serviços de Internet (ISPs) no Brasil sobre formas de aperfeiçoar a resiliência e segurança do sistema de roteamento da rede. O MoU, que é uma nova etapa do programa "Por uma Internet mais segura" do CGI.br, prevê ações no âmbito das Normas de Acordo Mútuo para Segurança de Roteamento (MANRS, na sigla em inglês), da Isoc. Essas atividades se baseiam em medidas da comunidade para impedir a propagação de informações de roteamento falsas, tráfego com endereços que usem IPs de origem forjados, e facilita a comunicação operacional global e a coordenação entre operadores de rede.

Entre os objetivos listados no memorando está o trabalho conjunto das entidades para a implantação do programa IXP MANRS no IX.br (entidade que realiza a gestão dos pontos de troca de tráfego, antigo PTT.br). Além disso, procura promover boas práticas de segurança do sistema entre os ISPs por meio de ações das normas do MANRS; a cooperação na área de medição da segurança do sistema de roteamento; e a adoção do próprio MANRS entre os provedores. Ainda pretende disseminar boas práticas de segurança de roteamento dentro da comunidade de operadores de rede.

Em comunicado, o diretor presidente do NIC.br, Demi Getschko, apontou que há sintonia e compartilhamento de visão entre o NIC e a Isoc para uma Internet global, aberta e segura, que permita inovação e oportunidades. "É fundamental disseminar conhecimento e aperfeiçoar habilidades dos quase 6 mil Sistemas Autônomos em operação no Brasil", declara. Ele destaca a importância da comunidade técnica no impedimento de tráfego malicioso nas redes. Já o vice-presidente global de engajamento da Internet Society, Raúl Echeberría, disse que o MoU "traz uma oportunidade para ISPs e Sistemas Autônomos sinalizarem sua postura de segurança para seus clientes, bem como fazer parte de um conjunto de entidades voltadas a encontrar soluções para os problemas de segurança de roteamento de Internet". Ele afirmou também que garantir a confiabilidade e segurança da Internet é uma responsabilidade coletiva dos operadores de rede e entidades.

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