A Embratel merece cair com a WorldCom?

A surra levada pela WorldCom nos mercados de bolsa americano, asiático e europeu refletiu-se no Brasil em novas pancadas contra a Embratel. O principal papel da companhia fechou a R$ 2,13, com mais uma astronômica queda de 25,52%.
O vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Embratel, José Maria Zubiría tentou isolar sua empresa dos problemas da controladora. Disse que a brasileira não depende da americana para se financiar. Afirmou ainda que a Embratel realizou um empréstimo sindicalizado, no primeiro trimestre, de US$ 275 milhões e obteve mais um financiamento de US$ 35 milhões. Esses recursos, segundo o executivo, concluem a necessidade de caixa da empresa para os vencimentos deste ano. Houve ainda, em abril, um crédito de US$ 130 milhões fornecido pelo BNP, com apoio do Coface, o BNDES da França.
Fontes do mercado ouvidas por TELETIME News concordam apenas em parte com Zubiría. Há segundo elas alguns problemas sérios pela frente.

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É certo que a Embratel tem ativos de R$ 5,37 bilhões contra uma dívida de pouco mais de R$ 3 bilhões. Vale, portanto, bem mais que os R$ 900 milhões da soma de suas ações no mercado. Também é certo que suas necessidades de investimentos são limitadas. Ocorre, porém, que uma parte substancial da sua dívida (R$ 1,3 bilhão) vence no ano que vem. Um valor que, de um lado, está sendo pressionado pela alta da taxa de câmbio (apenas 38% da dívida estão protegidos por hedge); de outro, pela alta das taxas de juros resultantes da avaliação de crédito de sua controladora. "A Embratel corre o risco de ter que queimar ativos", prevê um analista, para quem as ações da companhia poderão sofrer novas quedas.

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