A fabricante de chips Broadcom chegou a um acordo para aquisição da empresa de software e serviços VMWare por US$ 61 bilhões em dinheiro e ações, além da assunção de US$ 8 bilhões em dívida líquida – totalizando assim uma mega operação de US$ 69 bilhões.
O montante a ser pago considera o preço de fechamento das ações da VMWare em 25 de maio e representa prêmio de 44% diante do valor dos papéis até o momento em que rumores da negociação se tornaram públicos. A Broadcom pretende pagar aproximadamente 50% do valor de aquisição em ações e outros 50%, em dinheiro.
Para tal, a empresa de semicondutores já obteve compromissos de financiamento de US$ 32 bilhões junto a um consórcio de bancos. A expectativa é de concluir o negócio no ano fiscal de 2023 (que se estenderá até outubro do ano que vem), mediante aprovações regulatórias e de acionistas da VMWare.
Em caso de desfecho positivo, a empresa fruto da operação terá 88% do capital nas mãos dos atuais acionistas da Broadcom e aproximadamente 12%, com os atuais acionistas da VMWare. Fundador da Dell, Michael Dell detém 40,2% da empresa de software e serviços, enquanto o Silver Lake Partners concentra outros 10%. Os dois acionistas se comprometeram a votar favoravelmente à venda.
Com o negócio concluído, o braço de software de Broadcom (o Broadcom Software Group) deve mudar de marca e operar como VMware, incorporando a infraestrutura existente da compradora e as soluções de segurança como parte de um portfólio expandido da adquirida – considerada uma pioneira no mercado de virtualização e serviços multicloud.
Com a união, a ideia é fornecer a clientes corporativos uma "plataforma expandida de soluções para infraestrutura crítica" que possibilite flexibilidade para criar, executar, gerenciar, conectar e proteger aplicativos em larga escala a partir de ambientes distribuídos e diversificados – como data center, nuvem pública e na camada de edge computing. Recentemente, a VMWare também tem ampliado sua atuação no segmento de telecomunicações.