Celular ainda é o equipamento mais utilizado pelos brasileiros para acessar Internet

Foto: Pixabay

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br) divulgou nesta terça-feira, 27, os números da pesquisa TIC Domicílios 2019. Os dados mostram que o dispositivo mais usado pelos brasileiros ainda é o celular: 99% dos entrevistados afirmam que utilizam este equipamento para o acesso à Internet. Em 2018, este número era de 97%. Ao mesmo tempo, é observado uma contínua queda no uso do computador. De acordo com o levantamento, 42% dos entrevistados disseram que utilizam o equipamento para acessa a rede. Em 2014, este número era de 80%.

O celular é o equipamento exclusivo para 58% dos entrevistados. Das pessoas nas classes "D" e "E", 85% têm o equipamento como forma única de acesso a rede mundial de computadores. Na área rural, este número chega a 79%. Estes dados mostram a desigualdade no acesso à Internet no Brasil, pois na classe A, apenas 11% possuem o aparelho celular como equipamento exclusivo. Isso significa que uma ampla maioria das classes mais altas possui mais de um equipamento, como computador, por exemplo. Essas residências também estão em locais com infraestrutura de telecomunicações que permitem ter acesso a banda larga fixa.

Acesso limitado

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Em nota publicada no começo deste mês, o Comitê Gestor da Internet no Brasil defendeu o uso dos recursos dos fundos setoriais para subsidiar serviços de telecomunicações para pagamento dos serviços e financiamento dos investimentos de ampliação da infraestrutura de rede do serviço de Internet. O objetivo é ampliar o acesso à população de baixa renda, especialmente àquelas em situação de vulnerabilidade social, durante a pandemia do coronavírus no país, situadas em comunidades de periferias e localidades remotas.

A nota do CGI.Br destaca que o acesso à Internet se dá em grande parte por meio do celular e justifica que tal conjuntura acontece em virtude das características dos serviços de telecomunicações que suportam o acesso à Internet. Além disso, diz que a franquia de dados na telefonia móvel existe porque "as redes móveis são projetadas e implantadas com limitações de capacidade em função das suas tecnologias e radiofrequências e estão baseadas em modelos estatísticos da ocupação dinâmica dos espaços urbanos, privilegiando essencialmente a mobilidade das pessoas e máquinas e por essa razão os planos de serviços pré e pós pago são limitados por franquias". O Comitê também coloca que quanto maior a franquia, mais caro é o plano de serviço ofertado.

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