Huawei quer implantar eLTE nos Jogos Olímpicos

Uma das apostas da Huawei para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 será a utilização do trunking em 4G, ou eLTE, nome comercial da tecnologia na fornecedora chinesa. Segundo o diretor de marketing de enterprise da empresa, Rômulo Horta, a estratégia é oferecer parceria para além das teles, procurando contratos de aplicações da solução com forças de segurança.

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A tecnologia funciona como um trunking over-the-top (OTT), mas com qualidade de serviço (QoS) garantida por utilizar uma rede privada. "É basicamente uma rede 4G privada, como a que fizemos em testes com o Corpo de Bombeiros no Carnaval (do Rio de Janeiro neste ano) – o rádio era em dados, além de ter vídeo, informações de GPS e de sistemas, com uma série de aplicações", declarou o executivo em conversa com jornalistas durante o Huawei Network Congress 2015, em Pequim, China.

A Huawei ainda não comercializa a solução no Brasil, mas, assim como a concorrente Motorola Solutions, participa de testes com os blocos da faixa de 700 MHz – no caso da chinesa, utilizando de 703 MHz a 708 MHz para upload e de 758 MHz a 863 MHz para download. A faixa é destinada à segurança pública a partir do final deste ano, de acordo com locais em que o switch-off da TV analógica já esteja em andamento. Há ainda a frequência de 3,4 GHz (de 3.400 MHz a 3.410 MHz), destinada a serviços públicos para cidades digitais. A companhia trabalha ainda com as frequências de 400 MHz, 800 MHz, 1,4 GHz, 1,8 GHz, 2,3 GHz e 3,5 GHz.

Horta diz que os equipamentos – tanto os transmissores quanto os terminais – já foram homologados na Anatel. Um dos modelos de terminais é como um smartphone baseado em Android e que conta com dualSIM: um para o eLTE, outro para a rede móvel convencional.

A companhia realizou simultaneamente ao congresso HNC 2015 um evento em Barcelona para apresentar o eLTE à indústria, procurando cooperação aberta para a tecnologia. Na ocasião, a fornecedora afirmou que está comprometida em colaborar com parceiros para acelerar a padronização da solução de banda larga e trunking no 4G como uma especificação do 3GPP, "facilitando o desenvolvimento harmônico do espectro de rede LTE privado e otimizando soluções fim a fim da indústria para construir um ecossistema saudável e maduro do eLTE". A plataforma promete entregar velocidade de até 320 Mbps e cobertura de até 50 km².

Estratégia corporativa

O diretor de marketing explica que a área de enterprise da Huawei é relativamente nova, tendo iniciado as operações em 2012, mas mantém uma taxa de crescimento de 10% a 15% ao ano. "Fechamos 2014 com 200 canais ativos, e nos próximos dois anos, a expectativa é de 500 canais no Brasil. E quando conseguimos trazer o canal, o cara já vem com a carteira de clientes, o que ajuda o desenvolvimento do mercado, e divulga a marca, que é algo que a empresa tem investido muito no mundo inteiro".

Recentemente, a empresa apostou em marketing ao patrocinar o time de futebol do Santos. "Para o mercado corporativo, o pessoal nem conhecia a marca Huawei (no Brasil). Trouxemos soluções mais competitivas, mas não necessariamente mais baratas. Entregamos um pacote melhor para o cliente e também fizemos parcerias com empresas integradoras e operadoras para fornecer serviço", declara Horta. A fornecedora tem procurado atender a todas as verticais da indústria, com foco em óleo e gás, mercado financeiro, governo e transporte.

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