Bancos, teles e bandeiras de cartão de crédito buscam diálogo

Bancos, operadoras de telefonia celular e bandeiras de cartão de crédito estão cientes de que precisam sentar na mesma mesa para convergir interesses e lançar conjuntamente serviços financeiros móveis. A mensagem ficou clara ao longo dos dois dias do evento Mobile Money Summit, realizado no Rio de Janeiro esta semana, e foi transmitida por representantes do Banco do Brasil, Telefónica, Visa e Mastercard.
Os bancos brasileiros, por meio de reuniões na Febraban, estão construindo um discurso unificado para procurar as operadoras nacionais este ano e encontrar um modelo de negócios que agrade aos interesses tanto do setor de telecomunicações quanto do financeiro, informou o gerente executivo do Banco do Brasil, Raul Moreira. A ideia é construir um modelo de plataforma de serviços financeiros móveis que seja interoperável e que promova a convergência entre as redes das teles e aquela dos bancos e dos cartões de crédito. "É preciso interligar os três mundos: bancos, operadoras de telefonia e cartões de crédito", afirmou o executivo.
Do lado das operadoras, quem passou o recado foi o diretor de novos negócios do grupo Telefónica, Pablo Montesano: "serviços financeiros móveis compõem uma das maiores oportunidades do grupo Telefónica atualmente e não entraremos nesse mercado sozinhos. Acreditamos em modelo aberto e queremos aprender com os bancos".

Notícias relacionadas
Cartões de crédito
As bandeiras de cartão de crédito, por sua vez, esperam desempenhar o papel de ponte entre os setores bancário e de telecom, agregando sua rede de pontos de pagamento, espalhada pelo mundo inteiro. O diretor de plataformas inovadoras da Mastercard, Jürgen Wassman, destacou uma série de cases implementados pela empresa ao redor do mundo, sempre com bancos e teles envolvidos, e reforçou a mensagem de que é preciso criar um ecossistema colaborativo entre esses três setores.
Do lado da Visa, o diretor José Maria Ayuso falou: "A hora de encontrar um modelo de negócios, país por país, é agora. Queremos dialogar com as teles". O executivo destacou que os serviços financeiros desejados pelos consumidores variam de acordo com o perfil econômico de cada mercado. Em países desenvolvidos a demanda é por controle e conveniência através do celular, como, por exemplo, o recebimento de alertas e ofertas no telefone móvel. Em mercados em desenvolvimento, os serviços mais demandados são pagamento de contas e transferência de dinheiro entre usuários, disse Ayuso.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!