Com a recepção de 16,4 milhões de clientes móveis adquiridos da Oi, a TIM deverá ampliar de maneira significativa a participação de mercado em estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e na região Centro-Oeste.
A migração da base deve ter início entre maio e junho e durar 12 meses (veja maiores detalhes no decorrer da matéria). Caso garanta a manutenção dos novos usuários (que podem efetuar portabilidade), esse será o market share da TIM em alguns mercados prioritários:
- Rio de Janeiro: de atuais 20,8% para 34,7%
- São Paulo: de 18,9% para 25,7%
- Rio Grande do Sul: de 6% para 18,9%
- região Centro-Oeste: de 11,2% para 26,8%
- região Norte: de 13,1% para 21,2%.
Em outras praças, o salto na participação de mercado será de menores dimensões. Nacionalmente, a TIM deve avançar de atuais 20% do mercado móvel para 27%.Vale lembrar que os clientes chegam da Oi são 44% pós-pagos e 56%, pré-pagos. Os DDDs que serão migrados para operadora são 11, 16, 19, 21, 22, 24, 32, 51, 53, 54, 55, 61 a 69, 73, 75, 89, 93 a 97 e 99.
Transição
Como apontado por TELETIME em fevereiro, os clientes móveis da Oi serão recebidos pela TIM primeiro como se fossem usuários de roaming. Essa primeira etapa começa dentro de 30 dias (entre maio e junho) e levará três meses. A intenção é possibilitar uma transição o mais imperceptível possível, mas que já demonstre melhorias de cobertura e performance que ajudem a evitar a troca imediata de operadora.
Depois disso, uma segunda etapa com migração de usuários para os sistemas da TIM terá início, com duração prevista de nove meses. Nesta fase, os clientes serão recebidos em "landing plans" com condições comerciais similares às atuais oferecidas pela Oi. Dividida em janelas mensais e semanais, essa segunda etapa começará com os clientes pré-pagos e controle, partindo depois para os pós-pagos; em abril de 2023, a migração de todos os clientes deve estar completa.
Neste momento, uma estratégia de "more for more" deve ser colocada em prática para aumentar a rentabilidade da nova base de clientes. Isso porque a receita média mensal por usuários (ARPU) dos clientes recebidos da Oi é de R$ 14,6, contra quase R$ 26 no caso da compradora – o que deve implicar em redução imediata do ARPU nos primeiros meses após a absorção.
Ainda assim, os novos usuários devem possibilitar cerca de R$ 1,8 bilhão em receitas para a TIM ao longo dos oito meses restantes de 2022. A estimativa é que o as cifras reflitam em R$ 1,1 bilhão em Ebitda.