Telefónica tem queda de receita, mas lucro sobe

A receita total do grupo Telefónica caiu 7,2% e encerrou o trimestre em 12,190 bilhões de euros, de acordo com balanço financeiro divulgado pela companhia nesta quinta-feira, 26. Considerando a receita nessa moeda, a Telefonica Brasil registrou 2,705 bilhões de euros, uma queda de 14,5%.

O lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) da empresa foi de 3,864 bilhões de euros, recuo de 3,9%. A margem OIBDA aumentou 1,1 ponto percentual, ficando em 31,7%. O lucro operacional foi de 1,638 bilhão de euros, avanço de 4,3%. Já o lucro líquido atribuível a acionistas foi de 837 milhões de euros, aumento de 7,4%.

No primeiro trimestre, o grupo espanhol investiu um total de 1,490 bilhão de euros, uma redução de 8%. O Brasil recebeu a maior fatia: 388 milhões de euros, recuo de 2,2% no comparativo anual. A operação da Telefónica España recebeu 346 milhões de euros, 3,9% a mais do que no início de 2017.

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O fluxo de caixa operacional (OIBDA menos Capex) caiu 1,1% e encerrou o trimestre com 2,374 bilhões de euros. O Brasil contou com a maior queda (16%) nesse indicador, totalizando 594 milhões de euros.

A dívida líquida da Telefónica caiu 9,8% e encerrou março em 43,975 bilhões de euros. Segundo a empresa, é a primeira redução em um primeiro trimestre em quatro anos.

Em comunicado, o chairman executivo do Grupo Telefónica, José María Álvarez-Pallete, reitera que a empresa avançou neste trimestre na execução das prioridades estratégicas estabelecidas para o ano. Ele destaca o crescimento dos acessos de maior valor, o que acabou se traduzindo em maior receita média e fidelidade do consumidor. Afirma ainda que houve crescimento em OIBDA e receita "orgânicos", excluindo o impacto negativo de regulação; e ressalta o avanço na transformação digital com a digitalização, monetização de dados e implantação da inteligência artificial do projeto Aura em seis países. "Os resultados deste trimestre estão em linha com nossas expectativas e nos permite reiterar nossos objetivos para o ano", declara.

Operacional

O tráfego de dados nas redes móveis do grupo Telefónica aumentou 67%, sendo que no LTE houve avanço de 121%, com aumento de 11 p.p. da proporção da base com a tecnologia 4G (atualmente, 40% do total). A média do consumo móvel é de 2 GB/mês, aumento de 54%.

Nas redes fixas, o tráfego avançou 35% graças à adoção de fibra e crescente demanda por vídeo. A Telefónica destaca aceleração da ultra banda larga, destacando 19,7 milhões de homes-passed na Espanha e 18,6 milhões no Brasil. No total, o grupo conta com cobertura de FTTx/cabo em 45,8 milhões de homes-passed. Atenta ainda para o lançamento de portfólio com acesso único via GPON, além do serviço de Smart WiFi, lançado em seis países (incluindo no Brasil).

No total, o grupo contava em março com 337,9 milhões de acessos de clientes finais, redução de 1,1%. Desses, a telefonia fixa contava com 36,404 milhões de linhas, queda de 3,8%. Os acessos de banda larga eram 21,385 milhões (aumento de 0,8%) e, nesse recorte, 11,491 milhões de acessos FTTx/Cabo.

Os acessos móveis totalizaram 271,084 milhões de acessos (redução de 5,5%), sendo 153,623 milhões em pré-pago e 117,461 milhões em pós-pago (aumento de 5,4% e que considera 16,778 milhões de conexões M2M). Na TV paga houve crescimento de 4,7%, total de 8,604 milhões de acessos.

A Telefónica contava com 161,572 milhões de acessos com smartphone (aumento de 6,6%), uma penetração de 64,4% na base. O LTE era a conexão em 102,910 milhões de linhas, uma penetração de 40,5% e avanço de 36,4%.

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