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Pequenos provedores procuram como rentabilizar o acesso após leilão de sobras

Representantes de provedores regionais dizem que a fase de implantação das redes nas faixas de 2,5 GHz tem se mostrado desafiadora. O presidente do conselho da Abranet, Eduardo Neger, disse durante o evento Broadband Latin America, no Rio de Janeiro, que as condições de pagamento foram facilitadas, e a Anatel deu apoio para a compra das frequências por município, mas agora há o problema de como rentabilizar. “Fazer o serviço commodity de acesso à Internet não é o mais rentável, tem que estar atrelado a algo mais viável, para dar retorno”, declara.

Para a Abranet, é preciso entender o mercado a ser atacado: em áreas remotas ou em centros urbanos, onde já têm infraestrutura física, ou na mobilidade. Uma das aplicações, diz o presidente do conselho, seria a de banda estreita para Internet das Coisas, o NB-IoT.

Para o representante da Abrint, Rogério Mendes, o sucesso do leilão de 2015 mostra o potencial dos pequenos provedores para expandir o acesso, inclusive para o lado do regulador: o interesse provocou o dobro do ágio esperado pela Anatel, totalizando cerca de R$ 90 milhões no certame, segundo ele. Apesar disso, ainda há o desafio de começar a utilizar o espectro para o acesso. “Vamos ter uma segunda fase agora, e vai dar oportunidades. E hoje, pelo menos um provedor está com piloto em LTE e será espelho das demais”, declara.

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Outro problema está na infraestrutura de rede. O presidente da associação de provedores paranaense RedeTeleSul, Rosauro Baretta, explica que a dificuldade de acesso ao backbone estadual (da Copel) acabou levando à necessidade de se construir um backhaul estadual só dos provedores. “Eles estão buscando seu caminho, acabam se conectando à Internet pelas operadoras (como Telebras e Eletronet) de forma mais centralizada, em vez de cada um comprar em cada cidade, e com mais oferta e concorrência, tem custo menor”, declara.

450 MHz

Justamente por chegar a lugares onde operadoras grandes não chegam, os provedores regionais poderiam utilizar espectros mais baixos, com maior alcances. Com o leilão da faixa de 2,5 GHz em 2012, as operadoras levaram junto banda em 450 MHz, mas as obrigações de atendimento rural não ficaram atrelados à frequência. Com isso, não há grandes aplicações com a faixa na prática. Eduardo Neger, da Abranet, reclama que as obrigações de cobertura em todo território nacional acabaram afastando os provedores de SCM do leilão na época, mas que a faixa poderia ser utilizada por essas empresas. “Tinha que ser leiloada por faixas menores; e pelas regras do leilão, elas (as frequências) foram para as SMP, e até hoje se discute se estão fazendo uso ou não”, reclamou.

* O jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da Logicalis.

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