A promessa do governo de reduzir impostos sobre a produção nacional de telefones celulares, a partir do segundo semestre deste ano, foi recebida com otimismo pelos principais fabricantes de aparelhos.
O vice-presidente da Huawei no Brasil, João Pedro Fecha de Lima, afirmou que a empresa aguarda os incentivos, que devem favorecer a indústria especializada nestes equipamentos. “É importante o governo tomar medidas desse tipo porque hoje os serviços de voz e dados são um bem essencial”, afirma.
Segundo ele, a tendência é que o modelo de produção dos aparelhos no Brasil seja mantido no sistema de OEM. A Flextronics é quem faz a montagem dos celulares da Huawei no País. “É um modelo que tem nos atendido bem e não deixa de ser fabricação local. Além desta parceria, temos negócios com centros de pesquisa para adaptação de software”.
A empresa acaba de lançar o smartphone Honor, modelo que custará R$ 999, se posicionando como um terminal para usuários que procuram performances mais avançadas. “Mesmo assim teremos smartphones de entrada, visando quem vai comprar seu primeiro aparelho com acesso à Internet e alguns recursos”, comentou.
Já o sócio diretor da brasileira Multilaser, Renato Feder, que desde 2010 tem feito experiências com a fabricação de celulares, comentou que a desoneração pode ajudar a empresa a reduzir o preço final de seus aparelhos entre 10% e 15%.
Caso isso seja possível, seus smartphones Android podem ganhar força no mercado brasileiro, que ainda tem o preço do aparelho como base para a compra. “Já temos alguns benefícios fiscais e agora estamos enquandrando o tablet e aguardando ser oficializada a redução de impostos para celular”, afirma o executivo da empresa, que além de dispositivos móveis de telecomunicações também atua na área de informática.