'Nova Oi' fecha 2024 com recuo de 26% na receita e alguns desafios a menos

Fachada de loja da Oi. Foto: Divulgação

A Oi divulgou nesta quarta-feira, 26, resultados financeiros do quarto trimestre e do consolidado de 2024. Considerando operações descontinuadas como o Oi Fibra, a empresa somou receita líquida anual de R$ 8,2 bilhões (queda de 14%) e lucro contábil de R$ 9,6 bilhões, impulsionado por um resultado financeiro positivo.

Já os negócios que vão prosseguir com a operadora para formar a chamada Nova Oi registraram uma receita de R$ 3 bilhões em 2024, ou queda de 26%. No quarto trimestre foram R$ 625 milhões de faturamento (-33%).

Entram na conta a Oi Soluções (unidade para atendimento de grandes empresas e governo considerada "core" pela tele), subsidiárias como Serede, Tahto e Oi Services e operações legadas de telefonia fixa que a Oi deve manter como parte da adaptação de sua concessão do serviço. A empresa aponta que esses negócios "não core" que têm pressionado a receita.

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Já a posição de caixa da Oi ao final de 2024 era de R$ 1,770 bilhão, contra R$ 2,194 bilhão ao final de 2023.

Desafios

A Oi classificou 2024 como um ano onde obteve "grandes avanços rumo à sua sustentabilidade operacional e financeira de longo prazo". 

De fato, uma série de obstáculos foram superados pela empresa, como a aprovação de um novo plano de recuperação judicial, a venda da Oi Fibra, o acordo para adaptação da concessão de telefonia fixa e uma nova governança após reestruturação de débitos que deixou credores com 79% do capital da operadora.

A Oi também apontou um processo de readequação da base de custos, que em 2024 ainda somaram R$ 9 bilhões, mesmo com queda de 7%.

Em relação à dívida, a empresa destacou a novação de débitos e uma redução de 56% no montante no ano contra ano, para R$ 10,1 bilhões em "valor justo". Vale notar que no quarto trimestre em relação ao terceiro, houve alta de 13% na dívida por conta da desvalorização do real vs. o dólar no período.

Em 2024, a Oi reportou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 1,497 bilhão, na soma de operações descontinuadas e Nova Oi, sendo R$ 641 milhões negativos no quarto trimestre.

Pela frente

Pela frente, a empresa aponta ainda uma série de novos desafios. Entre eles:

  • a minimização do impacto do legado no Ebitda e fluxo de caixa;
  • a implementação das obrigações de manutenção da telefonia fixa em certas áreas;
  • a recuperação de receitas e aumento de rentabilidade no B2B;
  •  a aceleração nas vendas de imóveis e recuperação de direitos creditórios;
  • e ações de otimização e busca de liquidez adicional.

Vale lembrar que nesta semana, a Oi acordou com credores e terceiro que injetaram dinheiro na empresa uma série de mudanças nos valores a serem pagos como serviço da dívida, com a próxima amortização importante de dívida sendo postergada de 2025 para 2027 a partir de uma capitalização de juros no principal. 

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