Ligga pede incentivos para postes e conectividade no campo

Rosangela Miqueletti (crédito: Divulgação)

Interessada em expandir as operações de banda larga pelo interior do Paraná, a Ligga Telecom cobrou a implementação de políticas públicas para levar a conectividade às zonas rurais. A reivindicação por programas de incentivo ao setor de telecomunicações foi feita pela CEO da operadora, Rosangela Miqueletti, durante o evento Smart City Expo Curitiba, realizado nesta semana na capital paranaense

"Temos que chegar às áreas rurais. A inclusão digital é um direito do cidadão. Hoje, através da rede de fibra óptica, a gente não chega lá, paramos no âmbito urbano", disse a executiva.

Atualmente, a empresa conta com uma rede de fibra óptica que se estende por 50 mil km, alcançando todos os municípios paranaenses. As operações de banda larga residencial, contudo, são feitas em 119 cidades. Nas demais, a Ligga presta serviços sob demanda, como link direto.

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Como forma de conectar o campo, a CEO sugeriu a adoção de "algum programa regulatório ou de incentivo" atrelado a políticas de inclusão digital. O projeto, em sua avaliação, também precisa abordar a necessidade de implementação e compartilhamento de postes pelo território estadual, uma vez que as infraestruturas são necessárias para a fixação da rede aérea de cabos ópticos.

"Um dos grandes custos que temos para levar essa infraestrutura [para o campo] é o compartilhamento de postes. Uma das possibilidades que imaginamos é uma política de incentivo ou de isenção para implantação dos postes", apontou Miqueletti.

De acordo com Vitor Menezes, consultor regulatório da Ligga, o custo para fixação do cabo de fibra óptica em postes no Paraná varia de R$ 7 a R$ 10, o que pode inviabilizar as operações em áreas de baixa densidade populacional.

Interiorização

Em painel no evento, Miqueletti destacou que a Ligga quer pôr em prática um projeto de interiorização dos seus serviços. A executiva reconheceu que a empresa precisa "fazer novos investimentos e modernizar [a infraestrutura] para levar a tecnologia" para fora dos grandes centros.

A expansão pelo Paraná também visa a fortalecer a presença da empresa no atendimento ao setor público. Atualmente, a Ligga é responsável por conectar cerca de 30% das prefeituras paranaenses e acredita que pode ampliar a sua participação nesse mercado.

"O nosso desafio é fazer investimentos que requerem muitos recursos. Hoje, não temos um programa específico para isso, mas precisamos levar a conectividade às áreas remotas", ressaltou. "Curitiba é uma cidade inteligente, mas precisamos levar isso para o Paraná inteiro. Entendo que infraestrutura é o desafio", complementou Miqueletti.

O jornalista viajou a Curitiba a convite da Ligga.

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