Formalmente constituído como Triple Play, o Grupo Conexão apresentou na noite desta quinta-feira, 25, o balanço das operações em 2020. A holding de provedores regionais de Internet ampliou a receita líquida em 18,7% no intervalo, para R$ 378,2 milhões. Já a base de clientes cresceu 43% (para 406 mil assinantes), impulsionada por aquisições.
Ao longo do ano passado, o Conexão adquiriu a cearense Agily, a Mega (com base no interior paulista), a operação da Outcenter em Minas Gerais e parte dela na Bahia, e a Cortez, no Rio Grande do Norte. Foram 103 mil assinantes absorvidos (20 mil, 57 mil, 10 mil e 17 mil, respectivamente), sobretudo na tecnologia FTTH. O grupo reporta 8,5 mil km de redes de fibra óptica em mais de 50 cidades.
Organicamente, as adições líquidas na base de clientes somaram 19,4 mil, totalizando 122 mil mais as inorgânicas. A Conexão tem presença consolidada nos mercados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, reunindo empresas como Cabo Telecom, Multiplay e Ideia Telecom. Ao fim de 2019, a holding somava 284 mil acessos de banda larga.
Prejuízo
A expansão também resultou em um aumento nos custos e despesas operacionais, que cresceram 24% em 2020, para R$ 348,4 milhões. Assim, o Conexão encerrou o ano com prejuízo de R$ 6,1 milhões, ante lucro de R$ 8,5 milhões em 2019. Já o Ebitda (lucro antes juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado da companhia subiu 22,3%, para R$ 154 milhões.
Liderado pela gestora de private equity norte-americana Acon, o Conexão tinha uma oferta pública inicial de ações (IPO) no planejamento para 2020. Protocolado em agosto, o plano foi deixado de lado pela holding em decorrência de mudanças no cenário do mercado de capitais.