Até o presente momento, a pandemia de coronavírus (covid-19) teve pouco impacto sobre o Capex da Oi, disse o presidente da companhia, Rodrigo Abreu, em teleconferência sobre os resultados de 2019, nesta quinta-feira, 26.
"Até agora não houve grandes impactos. Conseguimos manter a normalidade por enquanto. Houve certa restrição de movimento nas cidades de nossos técnicos, mas o estado de emergência aliviou isso. Alguns técnicos estão conseguindo fazer as instalações de fibra em algumas áreas. Mas há um impacto por conta de hotéis e restaurantes fechados", disse Abreu.
A Oi possui uma ferramenta que monitora o percentual de sua força de trabalho que está ativa e simula diversos cenários. "Olhamos o percentual de técnicos que ainda podem trabalhar. O impacto ainda é de dígito único. Mas se chegarmos a mais de 20% de restrição da força de trabalho, ou 50%, no cenário mais crítico, com duração de dois a três meses, teríamos então um impacto, mas não posso dar um número preciso. Acredito que mesmo com o aumento de restrições o impacto não será grande em nossa capacidade operacional", comentou o executivo.
O impacto nas vendas, diz Abreu, é maior no segmento móvel, uma vez que é baseado em lojas em locais de alto tráfego de pessoas. No segmento fixo, contudo, a maior parte das vendas é feita pelos canais digital e de call center, que seguem em normalidade.
Já na manutenção da operação, o executivo diz que o decreto que estabeleceu os serviços de telecomunicações como essencial facilitou o trânsito dos técnicos de campo. "Vamos manter a normalidade quase total", declara. "A mobilidade em geral está restrita, mas podemos ter técnico, pois [o serviço] é uma prioridade", explica. No caso da infraestrutura fixa, mesmo que haja um impacto na instalação de fibra para homes passed, Abreu declara que ainda seria possível executar a conexão das residências (homes connected) onde já a rede já foi passada. "No momento, não vemos redução de capacidade."