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Provedores regionais teriam 11,8 milhões de acessos não notificados

Basílio Perez, diretor da Abrint

O mercado brasileiro de banda larga fixa pode ter cerca de 11,8 milhões de acessos não identificados pelas estatísticas da Anatel, afirmou o diretor da Abrint, Basílio Perez. Em evento do mercado de fibra ótica realizado em São Paulo nesta terça-feira, 26, o dirigente da entidade de provedores regionais (ou ISPs) afirmou que o desencontro ocorre por conta de players do segmento que não reportam sua base de clientes ou que fazem isso de forma errônea. Considerada a estimativa, o mercado brasileiro de banda larga teria mais de 42 milhões milhões de acessos, e não 31,1 milhões, como reportado pela agência em janeiro.

A estimativa foi elaborada pela consultoria Futurion, que comparou dados da Anatel de setembro passado com outros coletados por pesquisas como o Pnad, TIC Domicílios, TIC Empresas e TIC Governo. “Usando a faixa inferior da margem de erro dessas pesquisas, a consultoria detectou que faltam 11,8 milhões de acessos nos dados da Anatel”, afirmou o dirigente. Dessa forma, a Abrint sustenta que os domicílios com serviço de banda larga fixa não seriam 44,8% dos lares, mas cerca de 61%. “Assim, 40% da banda larga seria feita por pequenos provedores, e não os 20% e poucos considerados oficialmente”, completou, sinalizando que a “culpa” pela diferença não seria da Anatel, mas dos próprios provedores regionais.

“Os dados do SICI [reportados mensalmente pelas empresas] são de preenchimento obrigatório, mas eles infelizmente não tem muita confiabilidade”, lamentou Perez. De acordo com ele, das 9,4 mil empresas licenciadas para prestação do SCM, 7,1 mil declaram informações para a agência. Destas, 26% teria informado de 1 até 199 clientes e outros 26%, nenhuma base. “Tudo bem que pode ter empresa com 70 usuários corporativos que mantenham [a operação], ela pode existir se eles forem rentáveis, mas provedor com um, dois, cinco clientes não existe”, manifestou o diretor da Abrint. “Muitos preencheram o SICI, mas de forma que a gente sabe que não está correta”. Atualmente, a entidade tem trabalhado junto aos associados para dirimir eventuais falhas na comunicação das estatísticas de acesso.

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