Opportunity compra ações da TIW em celulares e isola fundos

A TIW anunciou nesta quarta, dia 26, no Canadá, a venda de sua participação nas operadoras brasileiras Telemig Celular e Amazônia Celular à empresa Highlake International Business Company Ltd., uma afiliada do Opportunity Fund. A empresa adquiriu os 49% da TIW na Telpart Participações S.A. Pelo acordo de compra e venda, a TIW retirou as ações que movia na Justiça contra o Opportunity, e vice-versa. A TIW receberá em dinheiro US$ 70 milhões, dos quais US$ 5 milhões foram pagos pelas operadoras (Telemig e Amazônia Celular) por conta de contratos de prestação de serviço de natureza técnica (que também eram contestados pelo Opportunity na Justiça). A TIW aplicará uma parte dos recursos no pagamento de suas dívidas.

Justiça

No final do ano passado, a TIW entrou com ação na Justiça do Rio de Janeiro tentando provar que a criação da Newtel foi irregular. Esta é a empresa com que o Opportunity (respaldado pela participação dos fundos) controla a Telpart. Se vencesse a ação, a TIW liberaria os fundos de investimentos do contrato com o Opportunity.

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Os fundos, após a privatização, aproximaram-se do grupo de Daniel Dantas, com quem assinaram um acordo que transferia seu poder de decisão ao Opportunity. Este acordo, segundo a ação da TIW, teria sido ilegal, por apresentar claros sinais de fraudes e ilegalidades em sua elaboração. Os fundos também protestam por considerar os termos abusivos.
Sabe-se também que a ação da TIW contra o Opportunity era baseada em um dossiê preparado pelos fundos, que queriam se desfazer do acordo com o grupo de Daniel Dantas.
Assim, com a venda de sua participação, a TIW deixou de se alinhar com os fundos e isolou as fundações, que agora ficarão sozinhas na sociedade ao lado do Opportunity. Restará aos fundos vender sua participação ou entrar em acordo com Dantas.
Cabe chamar a atenção também para o fato de o comprador ter sido o Opportunity Fund, e não o CVC/Opportunity, que controla a Brasil Telecom e onde o Citibank é o principal investidor.
Destaque-se também que o Opportunity Fund é investigado pela CVM por suspeita de ter cotistas residentes no Brasil, o que era proibido pelas regras do Anexo IV.

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