O Brasil registrou 29,077 milhões de acessos de banda larga fixa em janeiro de 2018, um avanço de 1,42% que é o maior crescimento líquido (336,4 mil adições) registrado por esse mercado desde setembro de 2012, quando o mercado cresceu 444,9 mil acessos em um mês. Segundo dados da Anatel divulgados nesta segunda, 26, os provedores regionais registraram crescimento 3,5 vezes maior do que a soma de todos os grupos com evolução positiva – BT, TIM, Cabo, Algar Telecom e Claro Brasil (Claro, Embratel e Net). O grupo "outros" de pequenos provedores exibiu crescimento de 8,60% no mês. A maior redução percentual foi apresentada pela Sercomtel com menos 9,7 mil contratos (queda de 4,31%) e em número absolutos a maior retração foi da Oi com menos 22,0 mil contratos (redução de 0,35%).
O levantamento da Anatel também aponta que nos últimos 12 meses, o Brasil registrou 2,2 milhões (crescimento de 8,37%) de novos contratos de banda larga fixa, sendo que os ISPs apresentaram crescimento de 1,666 milhão (aumento de 52,52%). A agência calcula que essas empresas tiveram um avanço 72,56% maior do que a soma dos demais grupos que também registraram crescimento (Sercomtel, Tim, Sky, Cabo, Algar Telecom, Claro e Vivo). Destaque-se que, dentre os grupos individuais, a Sercomtel, apesar da redução de janeiro de 2018 em relação à dezembro de 2017, apresentou nos últimos 12 meses o maior crescimento quantitativo e percentual, 47,9 mil novos contratos (crescimento de 28,55%). Reduções foram apresentadas pela Oi, menos 138,1 mil contratos em operação (queda de 2,15% no ano); e BT, com menos 2,5 mil (redução de 9,25%).
Considerando tecnologias, o Spread Spectrum foi a que mais adicionou no mês: 176,6 mil acessos (8,66% de crescimento), totalizando 2,215 milhões de conexões. Fibra e Cable Modem também mostraram avanço: de 3,20% (total de 3,152 milhões de acessos) e 0,82% (total de 9,050 milhões de contratos), respectivamente. A tecnologia mais presente nos domicílios brasileiros é a xDSL (cobre), que reduziu sua base em 0,40% no mês e totalizou 13,048 milhões de conexões.
No comparativo de 12 meses dentre as maiores tecnologias, a fibra foi a que mostrou crescimento mais expressivo, com avanço de 79,52%. O Spread Spectrum aumentou a base em 25,03% comparado a janeiro de 2017. Já o cobre reduziu a base em 2,58%.
Velocidade
O Brasil continuou avançando mais nas conexões mais velozes em janeiro. Na faixa acima de 34 Mbps, houve crescimento de 6,31% no mês (270,4 mil adições líquidas), totalizando 4,557 milhões de acessos. Em 12 meses, o crescimento acumulado já é de 55,06%. O segmento já representa 15,67% do total da banda larga fixa no mercado. Há 12 meses, não era nem 6%. E em janeiro de 2015, era 3,4%.
Por outro lado, a faixa mediana de 12 Mbps a 34 Mbps perdeu força em janeiro: redução de 0,53% (41,8 mil desconexões), embora ainda seja o segundo segmento mais popular no País, com 7,796 milhões de conexões. Curiosamente, as conexões de baixa velocidade (até 512 Kbps) cresceram 19,75% no mês, embora não consigam passar de 828,8 mil acessos no total. Confira a evolução das velocidades no ano:
Por região
Em uma análise por região, o estudo da Anatel mostra que o Distrito Federal e mais 19 estados apresentaram crescimento em janeiro de 2018, quando comparado com dezembro de 2017. A liderança ficou com Santa Catarina, aumento de 92,5 mil contratos de banda larga fixa (aumento de 7,42%), seguida do Rio Grande do Sul, 49,0 mil (2,74%), e do Maranhão, 6,8 mil (2,52%). São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, estados com o maior número de contratos em operação, apresentaram aumento de 119,2 mil (+1,20%), 45,5 mil (+1,4%) e 25,0 mil (+0,87%), respectivamente.
O crescimento de contratos de banda larga fixa foi positivo para todas as unidades da Federação nos últimos 24 meses. A liderança no crescimento percentual foi alcançada por estados nordestinos: Maranhão com mais 56,0 mil (acréscimo de 25,51%), Rio Grande do Norte com 63,0 mil (22,72%) e Ceará com 128,1 mil (21,22%). São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram crescimento de 463,1 mil novos contratos (4,84%), 160,6 mil (5,29%) e 274,5 mil (10,43%). (Colaborou André Silveira)