Telefônica/Vivo tem aumento de receitas, mas queda no lucro em 2013

A Telefônica/Vivo anunciou nesta quarta, 24, seus resultados financeiros e operacionais referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2013. A operadora acumulou receita operacional líquida de R$ 34,556 bilhões, uma alta anual de 1,9%.  A maior parte do crescimento se deu nas receitas provenientes de serviços móveis (R$ 21,69 bilhões, crescimento de 6,1%), enquanto nos serviços fixos houve uma redução de 6,4% nas receitas anuais, totalizando R$ 11,7 bilhões.

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O EBITDA e o resultado líquido também apresentaram queda.  No caso do EBITDA, o montante anual foi de R$ 10,57 bilhões, com queda de 16,7%. A margem foi a 30,4%, contra 34,1% no ano anterior. Já o lucro líquido foi de R$ 3,7 bilhões, uma queda de 16,5%. Houve uma leve queda de 1,4% nos investimentos anuais, que totalizaram R$ 6,03 bilhões. A dívida líquida é de R$ 1,8 bilhão.

Do ponto de vista operacional, a operadora mostrou avanços. A base de usuários móveis cresceu 1,5% no ano para 77,245 milhões de clientes, com um expressivo aumento na base de pós-pagos (26%), levando o total de clientes nessa modalidade a 23,7 milhões. Com um crescimento abaixo da média do mercado, contudo, o market-share geral da operadora em serviços móveis declinou 0,6 pontos percentuais, para 28,5%. No entanto, houve crescimento de 2,9 pontos percentuais no market share pós-pago. As adições líquidas de novos clientes móveis também desacelerou substancialmente, como em todo o mercado, para 1,1 milhão de clientes no ano. O churn mensal médio aumentou para 3,8% (contra 3,5% em 2012). A receita média gerada pelos usuários do serviço móvel da Telefônica/Vivo é de R$ 23,6, um aumento de 4,5% no ano. Os usuários também estão falando mais: 124 minutos de uso (MOU) na média, um aumento de 8,3% no ano.

Receitas móveis

Da receita líquida total da Telefônica Vivo com o segmento móvel (R$ 23 bilhões), o maior aumento veio dos serviços de dados e SVA, que cresceram em faturamento 21,8% no ano para R$ 6,8 bilhões. As receitas com interconexão estão despencando (14,6% ao ano), como esperado, em função de mudanças regulatórias e as receitas com voz tiveram leve aumento de 3,6%, para 11,26 bilhões.

A Telefônica/Vivo é das poucas operadoras que detalha as receitas dentro da rubrica "dados e SVA". Com mensagens, as receitas cresceram 2,7%, para R$ 1,97 bilhão no ano (apesar de uma queda de 11% no último trimestre). Com serviços de valor adicionado, a receita cresceu 29%, para R$ 1,16 bilhão. E com a assinatura de planos de dados, a receita cresceu 32,7%, para R$ 3,74 bilhões.

Acessos fixos

Os números de acessos fixos também mostram melhoras em relação a 2012. No final de 2013, a Telefônica/Vivo totalizava 10,75 milhões de acessos de voz fixa, o que representa 1% de crescimento no ano. Desse total, 7,13 milhões eram acessos residenciais, 3 milhões corporativos e 593 mil eram terminais de uso público. O crescimento se deve à introdução do serviço fixed-wireless pela rede da Vivo fora da área de atuação da Telefônica como concessionária. Já são 484 mil acessos nessa modalidade. A receita líquida com serviço de voz caiu 11,1% no ano, contudo, para R$ 6,16 bilhões.

Na banda larga, a operadora chegou a um total de 3,9 milhões de clientes, o que representa um aumento anual de 5%. Destaque para a marca de 204 mil clientes de banda larga conectados pela rede FTTH da empresa, que já cobre mais de 1,9 milhão de residências. A líquida com dados cresceu 2,5% para R$ 3,65 bilhões.

Em TV paga o grupo chegou a 641 mil acessos, uma aceleração importante sobretudo no final do ano, mas as receitas com TV paga caíram significativamente (17,2%), para R$ 491 milhões no ano, o que é atribuído ao impacoto do desligamento do MMDS no começo do ano.

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