GVT tem aumento de 17,6% na receita em 2012

Por meio da controladora Vivendi, a GVT divulgou balanço financeiro referente ao último trimestre de 2012 nesta terça, 26, e mostrou que apresenta ainda fôlego para ajudar nos resultados da companhia francesa. A operadora brasileira registrou crescimento na receita e nos lucros, embora os investimentos na área de TV por assinatura tenham sido elevados.

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A operadora brasileira fechou o último trimestre do ano passado com receita de 434 milhões de euros, alta de 17,6% em relação ao mesmo período de 2011. No acumulado do ano o crescimento foi um pouco mais expressivo, registrando aumento de 18,7% na receita e totalizando 1,716 bilhão de euros.  A companhia diz que, não fosse o impacto da mudança na política de ICMS, as receitas cresceriam 35% (considerando o valor em reais). O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrou 740 milhões de euros no acumulado do ano, um crescimento de 23,1% em relação a 2011. A margem EBITDA ficou em 43,1% no ano (45,9% considerando apenas as atividades de telecomunicações).

Já o EBITA (lucros antes de juros, impostos e amortização) ficou em 147 milhões de euros nos últimos três meses de 2012, crescimento de 51,5% em relação ao mesmo período no ano anterior. O acumulado dos 12 meses ficou em 488 milhões de euros, crescimento de 23,2%. O Capex da GVT totalizou 947 milhões de euros em 2012, aumento de 44,4%. Somente na área de TV paga foram investidos 238 milhões de euros no ano, o que levou a companhia a atingir o “breakeven” (ou seja, nem lucro, nem prejuízo) em termos da relação EBITDA/Capex na área de telecomunicações. 

Acessos

Em 2012, a GVT chegou em 20 novas cidades brasileiras, totalizando 139 municípios. Como consequência, houve um aumento de 37% no número de linhas em serviço de telecomunicações, totalizando 8,669 milhões de acessos.

Outra área que prosperou foi a de TV paga. A companhia afirma que já no primeiro ano de operação, os serviços de TV por assinatura tiveram receita de 83 milhões de euros graças aos 406 mil assinantes (penetração de 18,8% na base de usuários de Internet da GVT). A empresa diz que foi responsável por 11,4% do total de adições líquidas neste mercado no Brasil no ano passado. Considerando apenas as cidades onde a GVT atual, o percentual sobe para 27,7%.

No negócio de banda larga a operadora afirma que 44% dos clientes têm velocidade igual ou superior a 15 Mbps, o que significa sete pontos percentuais a mais do que em 2011.

Para 2013, a GVT espera um crescimento de receita "pouco acima de 20%", considerando o valor em reais. Ela prevê ainda que a margem EBITDA seja ligeiramente superior a 40%, proporcionando uma relação EBITDA/Capex próxima ao “breakeven”.  

Controladora

A Vivendi acumulou receita de 28,994 bilhões de euros em 2012, aumento discreto de 0,6% em relação a 2011. O EBITA caiu 10,7% e acumulou 5,283 bilhões de euros no ano. Mas a queda só não foi pior porque os resultados da companhia de jogos Activision Blizzard, da GVT e da Universal Music Group no último trimestre compensaram os desempenhos ruins da operadora francesa SFR, do grupo Maroc Telecom e do Grupo Canal +.

O lucro líquido ajustado da Vivendi foi de 2,550 bilhões de euros, recuo de 13,6% em relação a 2011. A dívida líquida foi de 13,4 bilhões de euros, cerca de 700 milhões de euros abaixo da meta anunciada. Em comunicado, o diretor presidente da empresa, Jean-François Dubos apenas mencionou que o avanço da GVT "se confirmou mais uma vez através da expansão da rede e a nova oferta de TV por assinatura", sem mencionar algo sobre a intenção de venda da operadora brasileira ou da expansão das operações em São Paulo.

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