A Neotec, que representa a maior parte dos operadores de MMDS no Brasil, iniciou em janeiro testes de duas novas tecnologias de transmissão digital em Belo Horizonte. A novidade das tecnologias (Navine e NextNet) é que a transmissão independe de linha de visada, ou seja, o MMDS passa a funcionar como um serviço de WLL ou celular, só que com 200 MHz de banda e altíssimas velocidades de transmissão. Os testes envolvem também as aplicações digitais, em parceria com operadores de telecomunicações cujos nomes ainda não podem ser revelados.
A novidade do serviço de acesso wireless por MMDS é que ele permite que se construa, na escala de uma cidade inteira, o mesmo tipo de serviço das redes Wi-Fi. Outra vantagem é a capacidade, já que a tecnologia é desenvolvida também para continuar atendendo serviços de vídeo.
O problema dos operadores de MMDS, contudo, é que as licenças para o uso das faixas designadas ao serviço obriga a prestação do serviço de TV paga. A opção, então, é o compartilhamento de rede com empresas de telecomunicações, via licenças de multimídia (SCM). Mas então surge o segundo problema: não está previsto o uso da faixa de frequência do MMDS para serviços móveis. Assim, entre os modelos de negócio que estão sendo desenhados estão acesso em banda larga, voz e vídeo somente a terminais fixos, apesar de a mobilidade ser tecnicamente possível.
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