Ericsson amplia lucro em 2021 e aumenta foco no mercado corporativo

Foto: Pixabay

Os resultados da Ericsson no quatro trimestre de 2021 e no acumulado do ano mostraram a fornecedora sueca ampliando lucros e receitas apesar de dificuldades no mercado chinês. Para 2022, um maior foco no mercado corporativo (enterprise) é uma das metas.

Entre outubro e dezembro do ano passado, a empresa somou 71,3 bilhões de coroas suecas em vendas (cerca de US$ 7,7 bilhões). A alta orgânica de 2% no indicador seria de 5% excluindo o mercado chinês, onde a Ericsson perdeu market share. Ainda assim, o resultado líquido no quarto tri avançou 41%, para cerca de US$ 1,09 bilhão.

Já no acumulado do ano passado, as vendas ficaram estáveis em 232,2 bilhões de coroas suecas (mais de US$ 25 bilhões em todo o mundo); organicamente houve alta de 4%. O impacto da redução nas vendas no mercado chinês foi estimado em 7,7 bilhões de coroas (US$ 830 milhões).

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Os números não impediram alta de 30% no lucro anual da companhia, para 23 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 2,4 bilhões). Já a margem Ebit ao longo do ano ficou em 13,9%, atingindo a meta definida pela empresa. Para 2022, o guidance para o indicador segue entre 12% e 14%.

Empresarial

A intenção de "perseguir valor no mercado empresarial sem fio" foi um dos principais pontos levantados pela Ericsson durante a divulgação dos resultados. Verticais como redes dedicadas e Internet das Coisas (IoT) fazem parte da estratégia.

Com o tempo, a empresa projeta que o segmento corporativo terá mais crescimento e lucratividade que a divisão de infraestrutura para redes móveis, atual carro-chefe da empresa. Em 2021, a venda destes equipamentos para operadoras cresceu 1% em termos reais e 7% em ajustados, ainda perfazendo 72% das receitas totais do grupo.

Por outro lado, a vertical de serviços digitais teve queda real de 3% e a de serviços gerenciados, tombo de 10%. A empresa espera reverter os movimentos nas divisões com maior foco em cloud e o avanço de um modelo software-driven.

A Ericsson ainda recordou que várias licenças para uso de patentes 5G desenvolvidas pela empresa estão próximas do vencimento, motivando negociações "pendentes e futuras" que também podem trazer impacto positivo na receita dos próximos trimestres.

Justiça

Por último, a companhia também revelou o ressurgimento de um antigo problema relacionado a investigações de corrupção.

"Em outubro, recebemos correspondência do Departamento de Justiça informando que havíamos descumprido nossas obrigações sob o Acordo de Processo Diferido ao não fornecer certos documentos e informações factuais. Neste momento, não podemos fornecer mais informações ou prever o resultado [da comunicação]", afirmou a empresa, que havia fechado acordo com o governo dos Estados Unidos ainda em 2019 para encerrar o episódio.

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