Banda larga fixa é único serviço a crescer em 2016

Banda larga

Após apresentar quase um ano inteiro de crescimentos consecutivos, a banda larga fixa reduziu em 0,58% a base em dezembro, totalizando 26,586 milhões de acessos, segundo dados divulgados pela Anatel nesta quinta-feira, 26. Ainda assim, no ano a tecnologia cresceu 3,96%, adicionando mais de 1 milhão de acessos, tornando dessa forma o único serviço a mostrar aumento na base em 2016.

Em dezembro, todas as velocidades mostraram queda nos acessos, menos na faixa acima de 34 Mbps. Foram 204,8 mil adições (7,56%), totalizando 2,913 milhões de conexões. Isso significa que a base com as velocidades mais altas mais do que dobrou (105,7%, ou 1,497 milhões de adições líquidas) no ano, representando agora 10,96% do total brasileiro – em 2015, essa participação era de 5,54%.

A faixa de 12 Mbps a 34 Mbps aumentou 16,42% no ano (916,1 mil adições), totalizando 6,495 milhões de acessos. Porém, durante todo o terceiro trimestre esse recorte vem se reduzindo, indicando que apenas as velocidades mais altas – e possivelmente com planos mais caros – estavam conseguindo driblar o cenário macroeconômico. Em dezembro, a queda foi de 1,21%. Observe no gráfico como as duas faixas de maior velocidade apresentam comportamento oposto no final do ano, enquanto os acessos mais lentos mostraram tendência uniforme de queda.

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Grupos

Grande parte do declínio em dezembro ocorreu devido à redução da base dos provedores regionais (classificados no grupo "outras"): foram 108,5 mil desconexões (3,79%) no mês, fechando o ano com 2,758 milhões de acessos. Porém, os ISPs foram o de maior crescimento líquido no ano, adicionando 434,9 mil conexões (18,72%). Vale ressaltar que a Anatel corrigiu números de novembro, adicionando 19,8 mil acessos aos pequenos provedores (totalizando 2,866 milhões naquele mês).

Outra queda em dezembro ocorreu com o grupo América Móvil (Claro, Embratel e Net), com 33,9 mil desconexões em dezembro (0,40%). Mas as companhias também acumularam resultado positivo no ano (301,2 mil adições líquidas, ou 3,71% de aumento) e fecharam 2016 ainda como líderes com 8,411 milhões de acessos, ou 31,64% do mercado. Em seguida vem a Vivo, com 7,477 milhões de conexões após queda de 0,13% no mês e avanço de 1,11% no ano; e a Oi, com 6,412 milhões de acessos, queda de 0,05% no mês e aumento de 0,64% no ano.

Avanço da fibra

A fibra (FTTx) foi a forma de acesso que mais cresceu no ano, adicionando 435,9 mil acessos (33,79% de avanço). Foram 1,726 milhão de acessos em dezembro após aumento de 2,18% no mês. O cabo (Cable Modem e HFC) também mostrou avanço no ano: 333,9 mil adições líquidas (4,03%), encerrando 2016 com 8,616 milhões de acessos após queda de 0,41% no mês. A tecnologia mais difundida no País, o xDSL, fechou o ano com 13,382 milhões de conexões, uma queda de 0,12% no mês e aumento de 0,95% no ano.

Mantendo esse ritmo durante 2017, pouca coisa deverá mudar no mercado brasileiro, mesmo que algum incentivo por meio de política pública promova tecnologias como a fibra ou mesmo o LTE fixo (que somava 344,1 mil acessos em 2016) e o satélite (66 mil conexões). Entretanto, conforme se apresentou em 2016, parece ainda haver espaço para crescimento no cabo e no cobre.

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