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Telebras não quer depender de investimentos públicos a partir de 2019

A Telebras tem como meta neste ano a construção da infraestrutura submarina, com o cabo que ligará o Brasil com a Europa, e o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC). Mas não serão os únicos projetos, como ressaltou o diretor técnico e operacional da empresa, Paulo Eduardo Kapp, e a empresa não dependerá do andamento de programas de universalização do governo. “A Telebras vai construir uma rede terrestre, para ela não interessa se será usada para o Banda Larga Para Todos; é infraestrutura, serve para qualquer plano”, declarou. A Telebras, contudo, depende ainda exclusivamente dos investimentos orçamentários feitos pelo governo para realizar os investimentos, já que a geração de caixa da companhia ainda não cobre os custos operacionais. A justificativa do governo para fazer esses investimento são exatamente as políticas públicas, como o PNBL.

Kapp afirma ainda que o orçamento previsto não necessariamente reflete os recursos disponíveis. “A cada ano vamos duplicar (a obtenção de receita) e em 2019 não vamos precisar de ninguém”, estima o diretor. “O modelo é muito enxuto.”

Ele justifica ainda que a rede ótica terrestre da empresa será integrada com as demais infraestruturas, que estarão prontas em 2017. “Ela não é o fim por si só, a ela se sobressai o satélite e o cabo”, explica. Kapp ressalta que o motivo da construção da rota submarina não é por questões de segurança, mas por ser mais barato obter conteúdo no ponto de troca de tráfego (PTT) de Amsterdã, na Holanda, do que pegar diretamente da rede dos Estados Unidos.

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A rota Brasil-Europa, que tem investimento esperado de US$ 185 milhões (investimento que está sendo feito principalmente pela sócia espanhola Islalink e na forma de adiantamento de recursos com possíveis usuários), além de aportes para a rede terrestre, terá capacidade de 30 Tbps e está prevista para inauguração no segundo trimestre de 2017. Além disso, até outubro, a infraestrutura terrestre da Telebras contava com 28 mil km de backbone ótico em todo o País, 80% sobre cabos OPGW e gasodutos; e com capacidade de 1,6 Tbps. Nas redes metropolitanas, a intenção era de ter, até 2018, 36 redes em 1.200 km de fibra e integração com o programa de Cidades Digitais.

Campus Party

Paulo Eduardo Kapp representou a Telebras durante a abertura da Campus Party nesta terça-feira, 26, em São Paulo. A empresa fornece capacidade de Internet para o evento – segundo o diretor, a infraestrutura já estava disponível no local, no Pavilhão do Anhembi. O link foi instalado com parceria com fornecedores Highwinds (CDN), PadTec (equipamento DWDM) e Datacom (roteadores). A companhia só terá o custo de mão de obra e manutenção: segundo Kapp, a quantia é de cerca de R$ 40 mil.

Parceria

A Telebras e o Centro de Inovação e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc) pretendem construir a rede metropolitana de Lages, município situado na região serrana do estado. A parceria, firmada nesta terça-feira, 26, visa o lançamento de cabos de fibra óptica .

Serão instalados 106 km de fibra óptica no município. A rede, segundo a Telebras, vai conectar agências dos Correios, da Dataprev, da Procuradoria Geral da República, do Ministério do Trabalho, da ANTT, do DPRF e do DPF, além do batalhão do Exército e escolas.

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