Em resposta à notícia da venda da Nextel México para a AT&T, a Nextel Brasil afirmou em comunicado enviado à imprensa nesta segunda, 26, que a negociação da controladora Nii Holdings "não afeta as operações" brasileiras, e reiterou intenção de investir no mercado nacional. A ideia é poder expandir o movimento de migração de base para novas tecnologias.
A Nextel diz que em 2015 pretende ampliar investimentos no Brasil para até R$ 1 bilhão, além de expandir serviços 3G para mais 200 cidades (com cobertura própria) e "manter as atenções ao leilão de 1,8 GHz buscando ampliar os serviços 4G para a Grande São Paulo", referindo-se à antiga faixa da Unicel, que poderá ser leiloada no mesmo lote com a eventual devolução das outorgas da Oi e da TIM, processo que ainda se encontra em análise na Anatel.
A companhia não chegou a mencionar a possibilidade de uma eventual migração da licença de Serviço Móvel Especializado (SME) do Trunking para o Serviço Móvel Pessoal (SMP), processo que ainda tramita na Anatel. Isso permitiria à operadora migrar sua base que ainda utiliza a rede iDEN para novas tecnologias, como o WCDMA e o LTE. No entanto, a Nextel parece apostar mais – ou pelo menos em um prazo mais curto – no leilão da faixa de 1,8 GHz como uma oportunidade maior para poder passar a oferecer o 4G em outros mercados, sobretudo o paulistano.
A companhia reafirmou "compromisso de longo prazo" no País. "Tanto assim que parte dos recursos oriundos da venda da Nextel México serão (sic) reinvestidos no Brasil com o objetivo de expandir a rede 3G e acelerar a oferta de serviços 4G, cumprindo todas as metas previstas". A empresa destaca ainda ter chegado à marca de 140 mil clientes com o serviço em LTE no Rio de Janeiro.