Dois dias após a Apple divulgar resultados recordes com o dobro de vendas de iPhones e iPads, foi a vez da Nokia apresentar seu balanço do quarto trimestre que é praticamente o oposto daquele da concorrente. A fabricante finlandesa segue seu martírio financeiro, tendo registrado um prejuízo operacional de 1,07 bilhão de euros em 2011, ante um lucro operacional de 2,07 bilhões de euros em 2010. O faturamento da Nokia no ano passado caiu 9%, passando de 42,5 para 32,7 bilhões de euros. O quarto trimestre em especial teve um resultado bastante negativo, com queda de 21% no faturamento e prejuízo operacional de 954 milhões (quase a totalidade do ano). Os dados incluem todas as três divisões da Nokia: terminais e serviços, localização e comércio, e infraestrutura de rede (Nokia Siemens Networks).
A área de terminais e serviços registrou queda de 18% em seu faturamento anual, baixando de 29,1 para 23,9 bilhões de euros. Ainda assim, porém, foi a única a registrar lucro operacional em 2011, embora 75% inferior ao ano anterior: 884 milhões de euros. Em 2011, a Nokia vendeu 417 milhões de telefones celulares, o que representa uma queda de 8% em comparação com 2010. O impacto foi maior no segmento de smartphones, que a Nokia chama de "smart devices", cuja queda em volume foi de 25%, tendo sido registrada a venda de 77,3 milhões de unidades no ano passado. O segmento de aparelhos de gama baixa e média, ou simplesmente "mobile phones", como a empresa classifica, teve redução de 3% em seu volume anual, totalizando 339,8 milhões. O preço médio por aparelho vendido da Nokia em 2011 foi de 57 euros (-11%). No segmento de smartphones o preço médio foi de 140 euros (-3%) e no de "mobile phones" foi de 35 euros (-10%).
Outras áreas
A Nokia Siemens Networks registrou aumento de 11% em seu faturamento, passando de 12,6 para 14 bilhões de euros, mas registrou prejuízo operacional de 300 milhões de euros (metade do registrado em 2010, quando o resultado foi negativo em 686 milhões de euros).
A área de localização e comércio, por sua vez, teve crescimento de 25% em sua receita, passando de 869 milhões para 1,1 bilhão de euros, mas fechou o ano com prejuízo operacional de 1,5 bilhão de euros. Em 2010, esse segmento teve prejuízo operacional de 663 milhões de euros.