O governo do Reino Unido anunciou nesta quarta-feira, 25, que disponibilizará £ 250 milhões (US$ 333 milhões) para incentivar a troca de equipamentos chineses para a implantação da tecnologia 5G. A nação decidiu em julho aplicar restrições mais severas à Huawei e à ZTE no mercado de quinta geração local, incluindo o impedimento de compra de equipamentos já a partir de 1º de janeiro de 2021.
A decisão do Reino Unido impôs ao mercado de telecomunicações a exclusão de uso de equipamentos da gigante chinesa até 2027. A justificativa são acusações sobre supostas questões de segurança com as empresas da China. A medida torna as operadoras que atuam no mercado britânico dependentes apenas da finlandesa Nokia e da sueca Ericsson (ou de players menores na Europa, como Samsung).
O programa de investimentos do governo do Reino Unido prevê entre 2021-2022 e 2024-25 £1,2 bilhão (US$ 1,6 bilhão) para apoiar o lançamento de banda larga com capacidade de gigabit em todo o Reino Unido. Já em 2021, serão liberados £50 milhões (US$ 66 milhões) como parte de um compromisso de £ 250 milhões para construir uma rede 5G segura e resiliente, conforme documento divulgado pelo governo.
Regras para a Europa
No final de julho, a Comissão Europeia divulgou a Estratégia de Segurança da União Europeia. Uma das premissas é de que o bloco econômico terá "potencial dependência" das redes de 5G e, por conta disso, urge pelo desenvolvimento da cultura de cibersegurança "by design" (desde o início do desenho do projeto). A proposta aponta para um fortalecimento e um reposicionamento da região na cadeia de fornecimento de infraestrutura crítica para serviços de telecomunicações.