Para a presidente da Federação Nacional de Infraestrutura de Redes e Telecomunicações (Feninfra), Vivien Suruagy, o governo brasileiro não deveria interferir no mercado com uma eventual proibição de equipamentos chineses, como da Huawei e ZTE. Em comunicado nesta quarta-feira, 25, a executiva destaca a importância da chegada da tecnologia 5G, e que isso ressalta a necessidade de o setor buscar mais eficiência de investimentos sem "limitação de determinados fornecedores e tecnologias".
A presidente da Feninfra coloca que, mais importante do que restringir a competição, seria zelar por boas práticas e exigir equipamentos homologados e certificados pela Anatel, bem como qualidade da mão de obra e garantia de segurança das redes. Naturalmente, chamando atenção para a necessidade de manter a soberania e segurança nacional.
"Proibições numa economia de mercado não são princípios do comércio global, e certamente significaria aumento nos custos, afetando toda a economia, num danoso efeito em cascata, considerando a importância vital da internet e das telecomunicações para todos os setores de atividade."
Suruagy destaca ainda que a preocupação com a segurança nacional não deve ser restrita a produtos chineses, mas a equipamentos de todos os países estrangeiros. Mas ressalta: "Todos os fornecedores, independentemente da origem, têm comprovado até o momento serem fiéis ao lema soberania e segurança nacionais".
A manifestação da líder da Federação acontece no dia seguinte à crise diplomática causada por críticas do filho do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), à cibersegurança no 5G e ao Partido Comunista da China. A Embaixada da China no Brasil divulgou na noite da terça-feira, 24, comunicado rechaçando as acusações e ameaçando o governo brasileiro de "consequências negativas".
O Brasil tem os Políticos que Merecem
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