ISP pode gastar de R$ 1 mi a R$ 10 mi em rede LTE, estima Teleco

Os preços dos lotes da faixa de 2,5 GHz, em TDD (banda larga fixa), que serão leiloados no dia 17 de dezembro pela Anatel, estão acessíveis. O problema é o custo da rede. A avaliação é do consultor Eduardo Tude (Teleco), feita durante o workshop promovido pela Associação Brasileira de Internet e Telecomunicações (Abrint), nesta quarta-feira, 25, em Brasília, sobre vantagens e desvantagens de pequenos provedores participarem da licitação. Para o especialista, essa rede pode custar de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões, a depender de sua capacidade.

Tude disse que, além dos equipamentos de LTE serem mais caros, a faixa de 2,5 GHz tem baixa propagação, o que depende de mais células. Ele citou o exemplo da Sky e da On Telecom, que já ofertam o serviço nessa mesma frequência. As estimativas dos fornecedores são de que cada célula comporte até 80 usuários, o que mostra a necessidade de um correto dimensionamento da rede em função do potencial do mercado.

Segundo o consultor, a Sky já está presente em 107 municípios e soma 234 mil acessos e conta com 790 estações radiobase, como distância média entre elas de 2,3 km. Em Manaus, cidade onde tem mais assinantes, estão instaladas 57 antenas. O preço do serviço cobrado pela operadora é de R$ 67,9 por 2 Mbps e R$ 79,9 por 4 Mbps.

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A On Telecom, que atua na região de Campinas, em São Paulo, está presente em 72 municípios, tem 52 mil acessos e 252 erbs instaladas, com distância média de 2,6 km. Em Campinas, onde soma 11,7 mil clientes, dispõe de 63 antenas. A operadora cobra R$ 69,90 por 5 Mbps e R$ 89,90 por 10 Mbps.

Para Tude, é preciso que os pequenos provedores levem em conta as diversas variáveis ao estabelecer um plano de negócio, considerando os riscos trazidos pela faixa. Mas ressalta que o preço da rede pode cair à metade, se o seu core for compartilhado com outras empresas.

O representante do CPqD, Carlos Lorena Neto, reconhece que o preço dos equipamentos de LTE é alto, porém mais vantajoso se comparado com redes WiMAX, que dispõe de escala menor. Ele justifica o valor pelas muitas funcionalidades novas que precisam ser gerenciadas, como qualidade de serviços. "São produtos refinados", afirma. Para o presidente da Abrint, Erich Ribeiro, em muitos planos de negócios o uso da fibra óptica é mais vantajoso.

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