A Tesacom, uma das empresas autorizadas a revender o serviço Bgan (Broadband Global Area Network) da Inmarsat no Brasil, espera no mínimo dobrar sua base de assinantes nos próximos seis meses no País. A empresa tem hoje cerca de 300 equipamentos Bgan em funcionamento no Brasil, número que deve subir para algo entre 600 e 700 dentro de seis meses, prevê Dante Quinterno, presidente da Tesacom. O Bgan é um serviço de transmissão de dados via satélite com mobilidade a velocidades de até 492 Kbps.
A expectativa do executivo é conquistar clientes especialmente entre mineradoras, empresas petrolíferas, companhias do segmento de segurança e grandes redes de TV. Hoje, Petrobras, Eletronorte e Polícia Federal já são seus clientes.
Para efetivar esse crescimento, a Tesacom está trazendo algumas novas soluções para o Brasil. Uma delas é o "Frontline": uma caixinha que pode ser presa a qualquer cinto e que está ligada por um fio a uma micro-câmera e a um microfone presos à cabeça da pessoa. A caixinha se comunica via WiFi com um equipamento Bgan, permitindo que tudo o que a pessoa vê e ouve seja gravado pela câmera e transmitido em streaming via satélite. Trata-se de um equipamento para ser usado por policiais durante operações especiais. Outra novidade que a Tesacom trará até o fim do ano para o mercado brasileiro é o ISatPhone, um telefone via satélite da Inmarsat do tamanho de um celular.
Por sinal, o projeto do TSE foi o maior do mundo até agora usando o Bgan. O case foi recentemente premiado pela Inmarsat em um evento realizado na Espanha. Atualmente, existem cerca de 20 mil equipamentos Bgan em operação mundialmente.