Setor de TI sofrerá mais com a crise do que telecom, diz NEC

O setor de tecnologia da informação ficará mais vulnerável à crise financeira do que o de telecomunicação, no próximo ano. Enquanto a receita de TI poderá cair em relação a 2008, a de telecom se manterá estável. A previsão é do presidente do conselho da NEC Brasil e representante da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Paulo Castelo Branco. Até o momento o mercado não sentiu qualquer impacto da crise mundial, pois ainda não houve redução de pedidos, disse ele. Ao contrário, o setor de telecomunicações cresce 18% este ano em relação a 2007. Para a NEC o desempenho é superior ao do mercado. O crescimento da receita está estimado acima de 20% em 2008 comparado a 2007 e mais 20% em 2009, diz o presidente da companhia, Herberto Yamamuro. Além disto, as operadoras estão confirmando a primeira fase das metas para o próximo ano.
A NEC – que comemora 40 anos de Brasil com a inauguração do Espaço Tadashi, dedicado à memória da companhia – pretende manter seu plano de crescimento, denominado Phoenix 2.0, com produtos e soluções para provedores de serviços de comunicações, mercado corporativo e utilities. A meta é dobrar o tamanho da operação em quatro anos, atingindo US$ 600 milhões no Brasil e US$ 1 bilhão na América Latina. Hoje, 50% da receita da empresa provêm da construção das redes de terceira geração para todas as operadoras, o que torna a NEC menos focada em um só segmento, ao contrário de outras companhias, cujo percentual voltado para 3G é de 90%, afirma Yamamuro.
O executivo admite que existem empresas bem posicionadas na construção de 3G no Brasil, por serem redes essencialmente evolutivas, o que deixou pouco espaço para a NEC. Mas na 4G, baseada em LTE, a empresa garante que estará em igualdade de condição para competir, com a eliminação de toda a camada TDM. Neste sentido foi feita uma aliança com a Alcatel-Lucent para desenvolvimento de produtos.

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TV digital
A operação no Brasil deverá crescer entre 25% e 30% este ano em relação a 2007, quando a receita líquida foi de R$ 370 milhões, e bruta de R$ 500 milhões.
Para 2009, a empresa oferecerá no Brasil uma solução fim-a-fim de OSS (Sistema de Suporte às Operações), para monitoramento e gerenciamento de redes, que é um legado da aquisição da NetCracker, este ano. Na área de TV digital, a NEC oferecerá um portfolio às empresas de broadcasting, desde transmissores e repetidores até equipamentos para estúdio, com controladores e codificadores. Yamamuro disse que sua companhia tem uma participação expressiva em TV digital e quer entrar com esta linha de produtos no País.

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