Para o consultor do Serviço de Apoio à Pequena e Microempresa (Sebrae), seção SP, Jorge Luiz da Rocha Pereira, as operadoras móveis e fixas não sabem vender para esse tipo de mercado (Pequenas e Médias Empresas). Segundo ele, os dirigentes destas companhias não têm a mínima idéia do que seja frame relay, x25, ADSL e as operadoras não se esforçam para vender e dar o suporte devido ao cliente. O consultor participou do seminário "Serviços Corporativos – A disputa pelas grandes contas", promovido pela Converge Eventos em São Paulo, nesta terça-feira, 25.
Para as 3,580 milhões de micro e pequenas empresas (PMEs) de todo o Brasil, o preço, desde que seja compatível com o equipamento, não chega a ser exatamente um entrave para o acesso aos serviços de telecomunicações. Segundo cálculo do consultor, essas empresas representam um gasto anual de R$ 512 milhões em telecomunicações. Somente no Estado de São Paulo, são 1,1 milhão de PMEs, das quais 54% (mais de 600 mil) são informatizadas, ou seja, estão prontas para absorver produtos como a banda larga, por exemplo.
Pereira diz que somente a pulverização das teles, por meio de parcerias, poderia atingir esse enorme contingente de excluídos das teles. "Há um limite das teles; elas não têm poder de fragmentação e não sabem como se tornar uma Natura ou uma Avon, por exemplo". O consultor do Sebrae quer dizer que as teles precisam ir de casa em casa nas PMEs e vender seus produtos e serviços da forma mais básica possível. Ele acredita que isso somente ocorrerá se as operadoras se fragmentarem em pequenos canais assim como ocorre com ambas as empresas de cosméticos citadas.
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