As operadoras defendem a manutenção do IGP-DI como fator de reajuste das tarifas para os próximos anos. A posição, manifestada durante o seminário "As comunicações no governo Lula", realizado nesta segunda, 25, em São Paulo, bate de frente com a proposta do PT para que seja adotado o Indice de Preços ao Consumidor (IPCA), segundo informações divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com Eduardo Navarro, vice-presidente de assuntos regulatórios da Telefônica, a troca é inviável em primeiro lugar pelo ponto de vista legal, já que o IGP-DI foi estabelecido no contrato de concessão, em modelo definido, inclusive, em um processo de consulta pública. Do ponto de vista econômico, segundo ele, a troca deste índice por outro baseado nos preços ao consumidor, como o IPCA, não traria benefícios ao cliente, já que o dólar, que pesa mais nos índicadores de custos no atacado, como o IGP-DI, deve se estabilizar nos próximos anos. O poder de compra da população deve aumentar e o IPCA tende a subir mais que o IGP, completou Navarro.
O presidente da Anatel, Luiz Guilherme Schymura, compartilha da expectativa do executivo da Telefônica, afirmando que os dois índices a longo prazo sempre se igualam.
Ércio Zilli, diretor de assuntos regulatórios da Telemar, também defendeu a manutenção do IGP-DI, afirmando que no tempo da Telebrás a política de conceder reajustes abaixo da inflação resultou na inviabilidade da expansão do sistema.
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