Com a oferta para a compra da ClientCo da Oi apresentada e expectativa de aprovação pelos credores, a V.tal prepara uma grande reestruturação, com vistas a promover uma separação das diferentes frentes de negócio e, com isso, manter a operação de rede neutra segregada da futura operação de banda larga (e dos novos negócios do grupo).
As atividades do grupo V.tal serão divididas em três CNPJs, com marcas e estruturas distintas. A primeira novidade é a criação de uma empresa para a operação dos clientes de banda larga adquiridos da Oi. Essa empresa está sendo estruturada por um trabalho de consultoria de Márcio Fabbris, ex-VP de clientes da Vivo (e membro do conselho da FiBrasil em sua fundação), e que se tornará o CEO da nova empresa do grupo V.tal tão logo ela esteja criada em definitivo, o que depende também das aprovações regulatórias e do processo de transferência dos ativos hoje na Oi. Está empresa terá uma nova marca e vida própria na disputa do mercado de banda larga, ainda que os acionistas sejam os mesmos da V.tal.
Já a V.tal em si permanece como a operadora da rede neutra de FTTH e oferta de capacidade no atacado, mantendo a marca, mas passa a ser comandada por Felipe Campos, hoje VP de negócios da V.tal. Amos Genish permanece no conselho da empresa na condição de chairman, mas sem função executiva.
A terceira unidade é uma área nova, dedicada ao business de data centers, e será comandada por Pedro Henrique Fragoso. A V.tal já vinha desenvolvendo essa unidade de negócios e, com os investimentos que serão feitos como contrapartida ao acordo da Oi (da qual a V.tal passa a ser avalista), novas unidades deverão ser construídas.
A V.tal resgistrou no período de janeiro a junho de 2024 receita deR$ 3,6 bilhões (crescimento de 32%) e um EBITDA de R$ 2,5 bilhões (margem de 67%). O lucro no primeiro semestre foi de R$ 610 milhões, aumento de 209% no periodo.