Investigações de corrupção custaram US$ 1,2 bi à Ericsson

CEO da Ericsson, Börje Ekholm Foto: Bruno do Amaral

Por conta de uma investigação sobre corrupção em cima de brechas no código de ética de negócios em seis países, a Ericsson tem cooperado com o Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos desde 2013. Porém, nesta quarta-feira, 25, a companhia divulgou o valor estimado dos custos com a conclusão dessa investigação: 12 bilhões de coroas suecas, equivalente a US$ 1,23 bilhão. A companhia prevê que isso já provoque impacto nos resultados do terceiro trimestre deste ano. 

A Ericsson ressalta que já eram esperados provisionamentos com a conclusão das investigações. Esses provisionamentos constituem na estimativa da companhia da despesa, que combinam sanções monetárias de US$ 1 bilhão do regulador de mercado norte-americano Securities Exchange Commission (SEC) e do DOJ, além de outros custos relacionados à investigação. 

A investigação cobre um período encerrado no primeiro trimestre de 2017, quando foram identificadas brechas no código de ética da fornecedora sueca, além da adequação à lei anticorrupção estrangeira (FCPA, na sigla em inglês) na China, Djibouti (África), Indonésia, Kuwait, Arábia Saudita e Vietnã. A Ericsson diz que não pode comentar em detalhes sobre o processo, ainda em andamento, mas afirma que as brechas foram resultado de "várias deficiências, incluindo falha na reação a sinais e controles internos inadequados que permitiram a um grupo de funcionários contornar ativamente controles internos para propósitos ilegais". 

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Segundo a fornecedora, foram tomadas medidas disciplinares, incluindo demissões em alguns casos. A empresa diz ainda que está trabalhando para melhorar o programa de compliance e ética "para garantir que a companhia está equipada para fazer negócios da forma correta". 

Em comunicado enviado à imprensa, o presidente e CEO da Ericsson, Börje Ekholm, destaca: "Com o anúncio de hoje, nós confrontamos outra questão legada e tomamos o próximo passo para resolver. Reconhecemos que a companhia falhou no passado, e posso garantir que estamos trabalhando muito forte todos os dias para construir uma Ericsson mais forte, na qual éticas e compliances são pilares em como conduzimos nossos negócios". O executivo diz ainda que, nos últimos dois anos, a empresa investiu em programas de adequação às normas para incluir capacidades de investigações internas e para agir contra funcionários que "infringiram nossos valores e padrões".

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