Brasil tende a aderir ao modelo Ásia-Pacifico para uso do 700 MHz

É bem provável que o governo brasileiro adote o padrão Ásia-Pacífico para o uso das frequências de 700 MHz no mercado de telefonia móvel. Segundo Maximiliano Martinhão, secretário de telecomunicações do Minicom, isso provavelmete ocorrerá porque o Brasil tende a seguir suas decisões anteriores e optar pelo modelo que oferece mais opções de terminais e também mais próximo da grande maioria dos países. ”É algo que precisamos ver também antes da licitação da faixa”.

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Durante o IV Seminário de Telecomunicações, organizado pela Fiesp em São Paulo, Martinhão comentou como o Minicom tem trabalhado para disponibilizar esta frequência para a telefonia móvel o mais rápido o possível. “Até o final do ano teremos concluído a primeira fase deste projeto, que são os estudo sobre a liberação da faixa, depois temos que ver outras questões, para não deixar ninguém sem sinal de TV”.

Ele também ressaltou a necessidade de se observar neste processo a questão econômica. “Não podemos ajudar um setor levando inanição para o outro. Aí tem que ver como resolver a questão sem um setor prejudicar o outro”.
Ele falou também sobre o pedido das Forças Armadas e Secretarias de Segurança de se destinar parte desta frequência para o uso na segurança pública. “Em outro países isso aconteceu e é outra questão que precisamos analisar”.

Operadoras

Sobre a chegada iminente do 4G e o provável leilão de frequências de 700 MHz já no próximo ano, Antônio Carlos Valente, presidente da Telefônica/Vivo disse que não vê grandes dificuldades para implantação inicial do 4G. “Acho que o problema não vai se manifestar com muita força em abril de 2013. Mas para dezembro, começa a preocupar um pouco a disponibilidade e novos sites”.

De acordo com ele, uma das alternativas já acertada entre as operadoras é o compartilhamento de infraestrutura. No entanto, Janilson Bezerra, diretor de inovação tecnológica da TIM, afirmou que o grande desafio será lançar fibra ótica no perímetro urbano, uma vez que os municípios costumam barrar os pedidos de obras nas cidades. “O 4G necessita de infraestrutura parruda de backhaul e precisamos ver uma solução para o uso do solo por empresas de telecom”.

Aparelhos

Bezerra, da TIM, também lembrou que em 2013 a demanda por conexão LTE será relativamente pequena, uma vez que “a penetração dos devices será baixa”. Por sua vez, Valente disse que em frequências altas (2,5 GHz) ainda faltarão aparelhos e, justamente por isso, os que estiverem disponíveis para o mercado brasileiro terão um custo mais elevado. Na visão dele, o projeto de 4G da Alemanha deve mudar este panorama, fazendo os fabricantes terem mais interesse em poduzir aparelhos aderentes às frequências usadas no Brasil.

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