O SMS não é o melhor meio de comunicação para alertar uma grande quantidade de pessoas a respeito de uma emergência, como um desastre natural ou um atentado terrorista. A conclusão é de um estudo realizado pelo professor Patrick Traynor, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, divulgado esta semana. O estudo foi feito em razão de estarem surgindo nos EUA várias empresas oferecendo o serviço de alerta de emergências via SMS. Diversas universidades norte-americanas contrataram esses serviços, temerosas do risco de novos ataques de serial killers em suas dependências.
Após analisar a arquitetura das redes celulares e os procedimentos realizados pelas plataformas de SMS para envio de mensagens, Traynor chegou à conclusão de que as atuais redes não seriam capazes de enviar um grande volume de mensagens simultaneamente para pessoas que estejam em uma mesma localidade – onde estaria ocorrendo a emergência. Pior que isso: o envio simultâneo de muitas mensagens poderia causar um congestionamento das redes, atrapalhando chamadas de voz para serviços públicos de emergência, como o 911. "As redes celulares não foram desenhadas para suportar um grande volume de mensagens de alerta enviadas simultaneamente", escreve no estudo.
Além disso, o professor alerta para o risco de fraudes em tais serviços, ressaltando a facilidade com que se consegue falsificar uma mensagem de alerta por SMS e enviá-la para vários números de telefones móveis através da internet. A íntegra do estudo foi publicada no site da 3G Américas (www.3gamericas.org).
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