A entrada em operação da TIM está provocando controvérsias. Além de processos movidos por celulares concorrentes na Justiça, a empresa italiana encontra dificuldades em realizar interconexão com pelo menos duas empresas, a BCP e a Telefônica. O conflito é marcado por informações desencontradas. Tanto a BCP quanto a TIM alegam que ainda não houve acordo por indisposição da outra parte.
A Telefônica, segundo seu diretor-geral, Manoel Amorim, só não abriu sua rede ainda porque a nova operadora móvel voltou atrás quanto ao valor de uso da rede (VU-M) fixado em contrato com a tele fixa e não apresentou uma contraproposta. A TIM, em comunicado oficial, defende-se afirmando que o início da interconexão é obrigatório, de acordo com o regulamento da Anatel, independentemente da definição dos valores de remuneração pelo uso da rede. A empresa diz ainda que o contrato de interconexão com a Telefônica, assinado em 12 de setembro de 2002, estabelece que o VU-M não é impeditivo para o início da interconexão.
Enquanto aguarda solução, a TIM também acompanha o desenrolar das duas ações que correm contra ela na Justiça. A Telesp Celular entrou na segunda-feira, 23, com recurso no TRF3 (Estado de São Paulo), em segunda instância após indeferimento de medida cautelar contra o acordo entre os sócios da Brasil Telecom que resultou na liberação da TIM. E a BCP, no mesmo dia, contestou o acordo com um mandado de segurança na 17ª Vara Civil da Justiça Federal de São Paulo. Sobre esta última ação, a decisão, a ser proferida pela juíza Andréa Basso, só deverá sair na próxima sexta.
SMP