GSMA quer banda L destinada à banda larga móvel

Nesta semana, na cidade canadense de Ottawa, a Comissão Interamericana de Telecomunicações (Citel) se reuniu para definir propostas que serão apresentadas na próxima Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC-15), que acontece em novembro em Genebra, Suíça. Uma das decisões tomadas pela Citel foi a de propor na conferência da União Internacional de Telecomunicações (UIT) a destinação de toda a banda L para a banda larga móvel, mas no Brasil isso encontraria barreiras.

Em nota divulgada nesta terça, 25, a associação global de operadoras móveis, GSMA, elogia a decisão e afirma que "as primeiras indicações sugerem que essa banda terá apoio generalizado como uma banda mundialmente harmonizada na WRC-15". A entidade diz ainda que essa faixa estimulará economias de escala no mundo todo.

Só que a ideia da Citel é que a banda L, que abrange 1.427/1.452 MHz, 1.452/1.492 MHz e 1.492/1.518 MHz, seja utilizada por operadoras móveis para banda larga. No Brasil, a Anatel precisaria reorganizar essa distribuição, já que atualmente essas faixas estão atribuídas a serviços fixo, móvel, móvel exceto marítimo, operação espacial, radiodifusão e radiodifusão por satélite.

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A GSMA cita ainda progresso feito na banda UHF sub-700 MHz, que vai de 470 MHz a 698 MHz, para a conectividade rural. A Citel não tem proposta comum com essa banda, mas a associação afirma que "um número crescente de países deseja garantir flexibilidade para implantar redes de banda larga móvel nessa banda". Pretende ainda apresentar uma proposta global na WRC-15 para essas frequências sub-700 MHz. No Brasil, a faixa de 450 MHz já está licitada para a banda larga móvel em atendimento rural.

Como representante de operadoras, naturalmente a GSMA pede ainda mais disponibilidade de espectro, argumentando que haverá grande demanda por banda larga móvel nas Américas. Assim, a associação também visa à maior capacidade na banda C, atribuída atualmente para comunicação por satélite para países tropicais, como o Brasil. A entidade diz que reconhece a importância da banda C nessas comunicações satelitais, mas se diz encorajada com a decisão da Citel de utilizar espectro entre 3,4 GHz a 3,6 GHz para a banda larga móvel. Também afirma ter expectativas para mais disponibilidade de espectro harmonizado na faixa de frequência de 3,4 GHz a 4,2 GHz.

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