Nokia lança dois novos aparelhos low end na faixa de US$ 30

A Nokia está disposta a manter a liderança no mercado de telefones celulares de gama baixa. Para tanto, acaba de lançar dois novos aparelhos que passam a ser os mais baratos do seu portfólio mundial: o Nokia 101 e o Nokia 100, com preços sugeridos de US$ 35 e US$ 30, respectivamente. Ambos têm tela colorida, são 2G e usam o sistema operacional Symbian Série 30.
O Nokia 101 é o quinto modelo da Nokia com entrada para dois SIMcards. Além disso, suporta cartões de memória de até 16 GB, o que é uma novidade para terminais tão baratos. O telefone tem mp3 player e rádio FM.
O Nokia 100, por sua vez, é mais simples. Não tem mp3 player e nem entrada para dois SIMcards, mas possui o rádio FM. Em determinados mercados, os dois modelos trarão o "Nokia Life Tools", conjunto de softwares que ajudam no dia-a-dia de pessoas de classes menos favorecidas e que são um sucesso em alguns países emergentes, como a Índia.

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Análise
Há muito tempo a Nokia é líder mundial no segmento "low end", ou seja, de aparelhos de gama baixa. Essa liderança foi conquistada pela qualidade e durabilidade de seus aparelhos, além da marca forte e dos preços competitivos, alcançados graças à sua escala global. Entretanto, de dois anos para cá, a empresa começou a ser ameaçada nesse segmento por três fenômenos paralelos: a entrada de fabricantes chineses com preços tão ou mais baixos; o sucesso dos terminais dual SIMcard, funcionalidade que a Nokia demorou a incluir; e as vendas de telefones piratas, não homologados pelos órgãos competentes, em vários países emergentes.
A fabricante finlandesa parece ter percebido a tempo o risco que corria e está reagindo a contento. Aderiu este ano à onda dos terminais dual SIMcard, que são um fenômeno de vendas na Índia e no Brasil, e conseguiu, com esses dois novos modelos, modernizar sua linha low end e ainda baixar mais os preços. Agregando-se a vantagem da força de sua marca, a Nokia está bem posicionada para manter a liderança nesse mercado. Resta ver qual será a resposta dos chineses. A questão é: até que ponto os preços podem chegar ainda mantendo uma mínima margem de lucro.

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