Claro faz campanha na TV sobre portabilidade numérica

Desde o último final de semana, a Claro está veiculando uma campanha na TV em defesa da implantação imediata da portabilidade numérica, como sendo "o verdadeiro direito de escolha", nas palavras da atiz Mariana Ximenes, que protagoniza o filme. Além disto, a empresa tem o domínio portabilidade.com.br, que leva ao site da operadora, onde o usuário vê logo na home page uma série de perguntas e respostas sobre o assunto.
Antônio Britto, vice-presidente regulatório e de comunicação corporativa da Claro, opina que o consumidor brasileiro sempre quis poder trocar de operadora e manter seu número, mas não relaciona essa possibilidade com a portabilidade numérica. "A campanha mostra que a gente quer a portabilidade e que a portabilidade é o verdadeiro direito de escolha do usuário", diz ele.
Claro e Embratel foram as únicas empresas que não assinaram o pedido de prorrogação de prazo. Todas as outras companhias argumentaram problemas nos testes para tentar convencer o presidente da Anatel, embaixador Ronaldo Sardenberg, da necessidade de se adiar o serviço. Como se sabe, o embaixador manteve a data de início em 1º setembro.

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Britto explica que a empresa não aderiu ao movimento porque não se sabia, de fato, quais eram os problemas que estavam acontecendo nos testes. O executivo explica que os testes apresentavam um índice de sucesso para cada operadora, mas não qualificava o motivo do insucesso. Assim, era impossível saber em qual operadora estava a falha. "Durante 60 ou 70 dias, os testes se limitavam a dizer que fulano tinha tantos por cento de acerto, mas não dizia por quê. Defendemos desde o começo que houvesse uma mudança para identificar de quem eram os problemas."
Segundo Britto, a partir da reunião do embaixador Sardenberg com as empresas é que a Anatel teve conhecimento do real andamento dos testes. "Por culpa dela (Anatel) ou dos outros, ao abrir aquela caixa preta a Anatel teve absoluta clareza de quem é que estava atrasado, e chegou à conclusão de que não havia ninguém que não conseguiria se aprontar até 1º de setembro", diz ele, ressaltando que a Claro tomou o cuidado de lançar a campanha apenas depois que a agência confirmou a data de início da portabilidade.

Briga na mídia

O movimento da Claro pode ser entendido como mais um capítulo na briga que vem travando com a Oi. Esta é responsável por uma campanha na TV de incentivo ao desbloqueio e, inclusive, menciona que "uma operadora obteve liminar para impedir a divulgação de informações referentes ao desbloqueio", em referência à Claro. Ao adotar o mote "o verdadeiro direito de escolha", a operadora do grupo Telmex responde às investidas da Oi, que bate na tecla do desbloqueio como sendo a liberdade do usuário de escolher sua prestadora. Britto afirma que toda vez que a questão do desbloqueio foi parar na Justiça, os juízes julgaram procedentes os argumentos da Claro.
A Claro vende aparelhos bloqueados quando pratica subsídio, o que, vale dizer, não fere o novo regulamento do SMP. No entanto, o chamado contrato de fidelidade já garante que aquele cliente não poderá optar por outra prestadora nos próximos 12 meses (a não ser que ele pague uma multa), mas mesmo assim a empresa vende o aparelho bloqueado. Perguntado se o contrato já não seria suficiente para garantir a remuneração daquele aparelho subsidiado à operadora, Britto disse que existem diversas ofertas no mercado e que cabe ao cliente escolher a dele.

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