A Secretaria de Previdência Complementar (SPC) do Ministério da Previdência autorizou a criação da Fundação Atlântico, fundo de pensão da Telemar, que se desligará da Sistel. O prazo para que a nova fundação seja criada é de 180 dias.
A Brasil Telecom também entrou com um pedido na SPC para criar seu próprio fundo de pensão, hoje inserido na estrutura da Sistel. O nome de sua fundação será BR14. A Telefônica ainda não encaminhou seu pedido. Os fundos de pensão de Telemar, Telefônica e Brasil Telecom terão, respectivamente, ativos da ordem de R$ 2,5 bilhões; R$ 2 bilhões; e R$ 1,8 bilhão.
?As novas fundações administrarão os ativos que, hoje, já estão sob sua própria gerência dentro da Sistel?, explicou Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp) e ex-presidente da Sistel. Após a privatização do Sistema Telebrás, houve uma segregação na Sistel, separando por concessionária de telefonia os planos de previdência dos funcionários ativos. Com a criação de novas fundações completamente independentes da Sistel, esta ficará apenas com a administração do Plano de Benefícios Sistel de Aposentados (PBSA) e o fundo de pensão da Telebrás.
O presidente da Fundação Sistel, Wilson Duarte Delfino, indagado em entrevista à revista TELETIME que circula neste mês se seria possível as três teles fixas, grandes patrocinadoras, saírem da Sistel sem a anuência dos associados, respondeu: "A opção dos funcionários para aderir a um determinado plano não tem nada a ver em relação à transferência de plano de uma para outra fundação. Tudo isto é válido após a aprovação da SPC." Delfino não quis comentar se a saída das teles esvaziaria a Sistel. Argumentou apenas: "O maior dos planos, que é o dos aposentados na segregação, continua na Sistel." A entrevista brevemente estará disponível também no site www.teletime.com.br.
Pimentel participou nesta quarta-feira, 25, do seminário ?Por dentro dos fundos de pensão?, no Rio de Janeiro.