Publicidade
Início Newsletter MoU entre Vivo e TIM está aberto a outras partes, diz Telefónica

MoU entre Vivo e TIM está aberto a outras partes, diz Telefónica

José María Álvarez-Pallete presidente da Telefónica

O memorando de entendimento (MoU) da Vivo com a TIM no Brasil poderia ser extendido, tanto para outras empresas quanto em outras regiões onde o grupo controlador Telefónica atua. Segundo executivos da companhia espanhola durante teleconferência dos resultados trimestrais nesta quinta, 25, a questão é melhorar o retorno sobre capital investido com a otimização da infraestrutura, inclusive no compartilhamento de ativos que não sejam considerados diferenciais competitivos.

Ao ser perguntado se o MoU com a TIM poderia ser replicado em outros lugares, o COO da Telefónica, Ángel Vilá, afirmou que o grupo está “aberto para outras partes que tenham como objetivo melhorar o retorno sobre capital investido com a alocação inteligente de Capex nas duas formas”. Essas opções são justamente o acordo para compartilhar frequência em 4G em uma seleção de localidades; e para construir uma rede 2G nacional em modelo single grid, “com o objetivo de desligar uma ou duas redes ou (se outras partes quiserem participar), redes adicionais em cada uma das regiões”. O objetivo, ele afirma, é tirar prioridade de tecnologias legadas.

Conforme apurou este noticiário, mesmo que indique o refarming, a Vivo ainda não acertou os detalhes técnicos com a TIM a respeito desse acordo. A operadora do grupo Telefónica conta com espectro em 1.800 MHz e em 900 MHz com a tecnologia 2G, mas informou que esses aspectos não foram finalizados – o plano deverá ser entregue às autoridades (Anatel e Cade) para aprovação daqui a cerca de 90 dias. 

Notícias relacionadas

A depender dessa análise inicial com a TIM, Vilá afirmou que é possível incluir mais cidades do que previa o MoU original. “Também contemplamos oportunidades de compartilhar em outras frequências e tecnologias” – ou seja, além do 700 MHz em 4G e do 2G. “Mas aqui, vamos sempre estar de olho para não disponibilizar [o acordo] onde temos vantagem tecnológica. E também podemos incluir oportunidades de redução sobre operações e manutenção por entre redes de players diferentes”, destaca. Ángel Vilá confirmou ainda que esse tipo de acordo de compartilhamento poderia ser extendido para outros países onde a companhia tem operações. 

O chairman e CEO da Telefónica, José Maria Álvarez-Pallete, reiterou que o compartilhamento de rede é uma oportunidade para o grupo melhorar o retorno sobre capital investido, e que está trabalhando neste momento em “vários outros projetos” do mesmo tipo, considerando não apenas redes móveis, mas também de fibra. Isso porque o desligamento da rede de cobre na Espanha representa oportunidade significativa para o grupo. Vale lembrar que a Vivo também conta com uma ampla rede ADSL ainda no Brasil, sobretudo no Estado de São Paulo.

Álvarez-Pallete diz que a infraestrutura de rede ainda é um fator diferenciador, mas que ao mesmo tempo, ter quatro ou cinco antenas dividindo um mesmo teto não faz sentido, uma vez que a redundância onde não há diferencial competitivo é o problema. Para ele seja backbone ou backhaul, o que não tiver diferencial é um “candidato a desinvestimento”. 

“Tanto o compartilhamento ativo quanto o passivo estão sendo considerados, dependendo dos mercados e da fatia de mercado que temos”, declarou. “Não faz sentido estarmos prontos para dar acesso à nossa novíssima rede de fibra, porque isso representa uma oportunidade de acelerar retorno, e ao mesmo tempo preservamos quatro ou cinco redes 2G ou 3G por cada país. Não faz sentido começar a implantar 5G sem radicalmente simplificar tecnologias legadas por meio de compartilhamento de rede.”

O executivo considera inclusive o compartilhamento em 5G na parte da virtualização, onde não considera que isso represente vantagem comercial. Na rede de acesso, a prática com acordos dependerá da evolução da tecnologia. Ele diz que há oportunidades de retorno, mas que o compartilhamento em tecnologias legadas e o desligamento de redes não sustentáveis é que podem ser feitos “sem nem pensar”. O CEO afirmou que o grupo inteiro conta com cerca de 130 mil sites no mundo, dos quais 90 mil em LTE.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Sair da versão mobile